O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, considera que o coronavírus segue sob controle no Brasil, ainda que tenha ocorrido num momento em que não era esperado.
No entanto, segundo ele, não há indícios do surgimento de novos casos com a mesma força do começo da pandemia. Nas últimas semanas, o número de infectados e a média móvel de mortes voltaram a subir.
Heleno concedeu entrevista à Rádio Bandeirantes, no Jornal Gente, quando foi questionado inclusive sobre a realização das eleições exatamente nesse período de subida dos casos de covid-19.
Para o ministro do GSI, não havia alertas de que o momento seria inadequado:
“Esse aspecto de ter eleição ou não foge do controle do presidente da República”, afirmou. “É muito mais do poder Judiciário e Legislativo. Naturalmente há uma ansiedade muito grande pelas eleições. Muita gente estava se preparando, é um acontecimento nacional e mexe com muita coisa”, disse, confundindo-se depois ao dizer que não houve eleições nos Estados Unidos antes da segunda onda de covid-19.
Ele negou a informação de que ele tenha tentado convencer o presidente Jair Bolsonaro a reconhecer a derrota de Donald Trump nas eleições americanas.
Nas palavras de Augusto Heleno, quem vazou a informação, mentiu. O general ironizou o que chamou de “anãozinho” que vive sob a mesa do presidente, ouvindo as conversas.
Até agora, oficialmente, o governo brasileiro não se pronunciou sobre a vitória de Joe Biden e sinaliza que somente o fará após a proclamação do resultado, o que ainda não ocorreu.
O anúncio oficial do vencedor das eleições norte-americanas será feito apenas em meados de dezembro.
O general Augusto Heleno foi entrevistado pelos jornalistas Cláudio Zaidan e Cláudio Humberto.
