Audiência da tortura

Damares repudia ‘estupro culposo’ e diz que Mariana Ferrer viveu o ‘pavor’

Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos acompanha o caso desde o ano passado

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Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos - Foto: reprodução do canal de Youtube da Rádio Bandeirantes.

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, repudiou nesta sexta-feira (6) a expressão “estupro culposo” para definir o caso da modelo e influencer Mariana Ferrer.

Segundo essa tese, o empresário André de Camargo Aranha, acusado de ter violentado a modelo, teria agido sem intenção. Como se fosse possível estuprar sem a intenção de estuprar.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, no Jornal Gente, Damares Alves revelouque acompanha o caso desde o ano passado, após ter sido procurada por Mariana, e já está conversando com o Judiciário e o Congresso. Ela quer que se proíba o uso dessa expressão para evitar a impunidade.

Para a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, as imagens do julgamento causam “pavor”.

Mariana chorou depois de ser chamada de “falsa e dissimulada” pelo advogado do empresário, que insultou e humilhou várias vezes a vítima diante da passividade do juiz. do promotor e até do defensor público que a acompanhava. Ele chegou a dizer que “jamais teria uma filha do nível dela”.

Damares teme que o efeito negativo desencoraje vítimas de estupro a denunciar o agressor.

Órgãos como o Conselho Nacional de Justiça e a Ordem dos Advogados do Brasil foram acionados.

A ministra defende que a conduta dos envolvidos na audiência seja apurada com rigor.

A ministra Damares Alves disse esperar que os tribunais superiores derrubem a absolvição de André de Camargo Aranha na 1ª instância na Justiça de Santa Catarina.

Ela foi entrevistada na Rádio Bandeirantes pelos jornalistas Thays Freitas, Mariana Godoy, Pedro Campos e Cláudio Humberto.

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