Coronavírus

Bolsonaro sugere em pronunciamento que manifestações devem ser repensadas

A preocupação do presidente é que a concentração de pessoas favoreça a contaminação de coronavírus

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O ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e o presidente Jair Bolsonaro usando máscaras protetoras durante live - Foto: reprodução Facebook.

O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta quinta (12), em pronunciamento na televisão e no rádio, que os organizadores repensem a oportunidade de realizar as manifestações previstas para o próximo domingo (15).

Ele ressaltou durante seu pronunciamento de dois minutos que o país é uma “democracia presidencialista” e que a população exige “respeito à Constituição Federal” e “zelo pelo dinheiro público”.

“Os movimentos espontâneos e legítimos marcados para o dia 15 de março atendem aos interesses da nação, balizados pela lei e pela ordem. Demonstram um amadurecimento da nossa democracia presidencialista e são expressões evidentes da nossa liberdade. Precisam, no entanto, diante dos fatos recentes, serem repensados”, disse.

“Não podemos esquecer, no entanto, que o Brasil mudou. O povo está atento e exige de nós respeito à Constituição Federal e zelo pelo dinheiro público”, afirmou.

Bolsonaro disse ainda que a OMS (Organização Mundial de Saúde) classificou o coronavírus como pandemia e que é provável que o número de infectados “aumente nos próximos dias”.

“O sistema de saúde brasileiro, como os [de] demais países, tem um limite de pacientes que podem ser atendidos. O governo está atento para manter a evolução do quadro sob controle”, disse.
Nesta quinta, organizadores decidiram suspender os atos de domingo.

O presidente realizou exames nesta quinta, depois da confirmação de que o chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação da Presidência), Fabio Wajngarten, está com a covid-19.

Wajngarten fez parte da comitiva liderada por Bolsonaro que, entre 7 e 10 de março, realizou uma visita oficial à Flórida (EUA).

Durante a viagem, o mandatário brasileiro jantou com o presidente americano, Donald Trump. Wajngarten também teve contato e posou para fotos com o líder dos EUA.

Com o risco de contágio, a rotina administrativa do Palácio do Planalto será alterada. Além da maior restrição ao acesso de pessoas, os eventos e solenidades devem ser suspensos e o cumprimento diário do presidente na entrada do Palácio da Alvorada deve ser modificado.

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