Selvageria

Vândalos depredam Assembleia de SP para impedir a votação da reforma da Previdência

Quebraram tudo que estava ao alcance e arremessaram latas de lixo e extintores de incêndio contra os policiais

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Dezenas de homens e mulheres deram início à depredação da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) nesta terça (3) com o objetivo de impedir a análise da reforma da previdência estadual pelos deputados.

A tropa de choque foi chamada para garantir a segurança dos parlamentares e o funcionamento do parlamento. Os manifestantes continuaram na tentativa de invadir o plenário destruindo tudo que estava ao alcance e arremessaram latas de lixo, extintores de incêndio, placas e outros objetos contra os policiais que montaram um bloqueio na entrada do plenário.

Servidores e infiltrados protestavam contra as mudanças propostas pelo governo de João Doria (PSDB), mas, sem argumentos, tentaram forçar a passagem pelo corredor que dá acesso à galeria do plenário sob gritos de “invade” e “abre”.

 

Apesar do tumulto, a sessão segue com os discursos dos deputados dentro do plenário e os servidores ocupando parte do prédio da Alesp.

Números da reforma

A Proposta de Emenda à Constituição estadual que está sendo votada estabelece como idade mínima para aposentadoria 62 anos para as mulheres e 65 para os homens. Também fixa como teto para as aposentadorias o valor pago pelo Regime Geral de Previdência para os servidores que ingressaram na carreira a partir de 2013.

No caso dos professores do ensino básico, a idade mínima fica em 51 anos para as mulheres e 56 anos para os homens. A partir de 2022, a idade mínima para a categoria sobe para 52 e 57 anos.

Uma proposta de lei complementar prevê ainda revisar a alíquota de previdência paga pelos servidores estaduais de 11% para 14%.

Presidência da Alesp

Em nota, a Comunicação da Alesp afirmou que, de acordo com o regimento interno da Casa, é prerrogativa do presidente convocar sessões extraordinárias, o que foi feito “publicamente em plenário na tarde de segunda-feira (2)”.

“O presidente Cauê Macris informa que não houve qualquer antecipação da votação do segundo turno da reforma da Previdência paulista, uma vez que a sessão extraordinária sequer havia sido marcada. As portas da Assembleia Legislativa estarão abertas normalmente – como sempre ocorreu – para receber o público que queira acompanhar a sessão, convocada para esta terça-feira às 9h15.”

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