Boquinha em Itaipu

Carlos Marun ganha ‘boquinha’ de conselheiro de Itaipu a 3 dias do fim do governo

Nomeação pode ser barrada pela Lei das Estatais, de Temer

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Marun foi de defensor de Cunha e 'cão de guarda' de Temer a conselheiro de Itaipu Binacional. Foto: Wilson Dias/Agência Brasi

A três dias de acabar o seu governo, o presidente da República, Michel Temer (MDB) nomeou o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB), para uma das boquinhas mais ambicionadas pelos políticos, a de conselheiro de Itaipu Binacional. os atos de exoneração do cargo de ministro e de nomeação para o conselho de Itaipu foram publicados no Diário Oficial da União desta segunda-feira (31).

O mandato no conselho de administração de Itaipu terá validade até 16 de maio de 2020. Ele substituirá o advogado Frederico de Oliveira, servidor da Casa Civil.

Marun disse que o posto lhe interessava e que informou ao presidente que ele ficaria vago com o pedido de saída de Oliveira, publicada também nesta segunda-feira.

“Discuti com ele o assunto e disse que esta vaga me interessaria. Ele entendeu que eu possuo os predicados para o exercício da função e me nomeou”, disse.

Marun afirmou que, com a nomeação, se afastará da política “por um tempo”. Ele informou que renunciou ao mandato de deputado federal e que já pediu seu desligamento de funções que exercia no MDB.

A Lei das Estatais, sancionada por Temer em junho de 2016 para impedir ingerência política em empresas públicas, impede a indicação de ministros de estado a cargos de gestão nessas empresas.

A norma de governança das estatais traz ainda uma série de exigências para as nomeações. Entre elas, a necessidade de no mínimo dez anos de experiência na área de atuação da empresa pública, ou quatro anos em cargo de companhia com porte semelhante, ou quatro anos de experiência como profissional liberal em atividade ligada a essa mesma área.

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