Tomou vergonha

Sob pressão, deputado do Novo finalmente abre mão de auxílio moradia

Alexis Fonteyne era o único parlamentar do Novo que insistia na regalia

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Aexis Fonteyne (SP) é o único deputado federal do Partido Novo que não abre mão do pornográfico auxílio-moradia. (Foto: Cleia Viana)

Após forte pressão de militantes e da direção nacional do Partido Novo, o deputado Alexis Fonteyne (Novo-SP) decidiu finalmente abrir mão de auxílio-moradia, que a sigla considera abominável, para evitar punição severa. Ele é o único deputado do Novo que se utiliza da regalia.

O deputado federal eleito por São Paulo corria o risco de enfrentar processo disciplinar que poderia chegar até mesmo a expulsão do Partido Novo. O apego de Fonteyne pelo auxílio moradia foi revelado pelo jornalista Cláudio Humberto, colunista do Diário do Poder.

Esta é a nota divulgada por Alexis Fonteyne.

Em um primeiro momento, militantes e simpatizantes do Novo resolveram instituir uma irônica “vaquinha”, em site especializado, para ajudar o deputado a desistir de fazer parte do grupo de privilegiados que recorrem ao bolso do cidadão para pagar o próprio aluguel.

A capitulação de Fonteyne foi formalizada em nota a “filiados e simpatizantes”, nesta quinta-feira (6), após a resolução nº 24/19, assinada pela cúpula do Novo, incluindo seu presidente João Amoêdo. Na resolução, a direção ameaçou abrir processo de infidelidade contra qualquer detentor de mandato do Partido Novo que recebesse auxílio mora. Com isso, Fonteyne prometeu, por meio de sua nota, que a partir de junho já não aceitará incorporar aos salários mensais de quase R$34.000 os R$3.500 que recebe para “reembolsar despesas de um flat para dormir na cidade onde trabalho, mas não resido”. Deputados federais recebem até R$4.700 de auxílio moradia.

“O partido recomendou que todos os eleitos abrissem mão do auxílio moradia”, reconhece o deputado, mas interpretou que “não havia uma obrigado”. Mas ele diz que mudou de ideia após a resolução 24, de 31 de maio, noticiada pelo Diário do Poder, que segundo ele “resolveu obrigar” todos os detentores de mandato a “abrir mão” do auxílio moradia, ele decidiu “cumprir a resolução” a partir deste mês de junho.

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