Sem nova data

Sergio Moro cancela ida à Câmara para falar sobre mensagens publicadas

Ida do ministro não era obrigatória; semana passada, Moro foi à CCJ do Senado

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, participa de audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, cancelou a ida à Câmara dos Deputados, marcada para esta terça (25), para prestar esclarecimentos sobre as mensagens atribuídas a ele e ao procurador Deltan Dallagnol, publicadas pelo site The Intercept Brasil.

A ida do minsitro à Casa não era obrigatória e ainda não tem uma nova data para acontecer. Na semana passada, Moro esteve na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para tratar do mesmo assunto. O ex-juiz passou nove horas no colegiado, respondendo a questionamentos dos parlamentares.

Neste domingo (23), o ministério chefiado por Moro divulgou uma nota sobre o assunto. “O Ministro da Justiça e Segurança Pública não confirma a autenticidade de mensagens obtidas de forma criminosa e que podem ter sido editadas ou adulteradas total ou parcialmente”, afirma.

O site acusa Moro de orientar ações e cobrar novas operações dos procuradores da Lava Jato e nega que tenha obtido o conteúdo por meios ilegais. A invasão dos celulares de Moro, Dallagnol e outros procuradores é investigada pela Polícia Federal.

Confira a nota na íntegra:

“O Ministro da Justiça e Segurança Pública não confirma a autenticidade de mensagens obtidas de forma criminosa e que podem ter sido editadas ou adulteradas total ou parcialmente.

Repudia ainda a divulgação de suposta mensagem com o intuito único de gerar animosidade com movimento politico que sempre respeitou e que teve papel cívico importante no apoio ao combate à corrupção.

Causa revolta que se tente construir um enredo com mensagens, cuja autenticidade não se pode reconhecer, a partir de fatos que envolvem um processo judicial público e que só atestam a correção e isenção com que o ministro atuou enquanto juiz federal na Operação Lava Jato.

Como pode-se verificar no andamento processual, o material referente a pessoas com foro privilegiado foi remetido ao Supremo Tribunal Federal no primeiro dia útil após a Polícia Federal ter juntado aos autos. Após análise, o STF os devolveu à 13° Vara Federal de Curitiba mantendo consigo apenas a parte que envolvia pessoas com foro privilegiado. Esta é a verdade, que independe de mensagens cuja autenticidade não se pode aferir.

Ressalta-se que a invasão criminosa de celulares de autoridades públicas é objeto de investigação pela Polícia Federal.”

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