Já vai tarde

Governo brasileiro já despachou o sequestrador de Olivetto para o Chile

Norambuena cumpria pena no Brasil pelo sequestro do publicitário Washington Olivetto, em 2001

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Ex-guerrilheiro chileno Maurício Norambuena. Foto: Reprodução/TV Globo

Já foi deportado na madrugada desta terça-feira (20) para o Chile o terrorista e sequestrador Maurício Hernández Norambuena, espécie de “herói” das forças esquerdistas do Brasil, tanto quanto o terrorista italiano Cesare Battisti. A informação é do próprio ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública).

“Mais um criminoso que se foi. Extraditado com autorização do STF, foi entregue nessa madrugada ao Chile para cumprir as penas, comutada a perpétua para 30 anos, as quais foi condenado naquele país. Brasil não é refúgio para criminosos”, postou Moro em sua conta no Twitter.

O bandido foi levado em um voo militar que decolou da base aérea do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo.

Norambuena cumpria pena de 30 anos de prisão pelo sequestro do publicitário Washington Olivetto em 2001, na capital paulista. O empresário foi libertado pela polícia após 53 dias no cativeiro. Ele ficou preso 16 anos no país e foi transferido de Avaré, no interior paulista, para sede da Polícia Federal na capital no dia 15 de agosto.

O governo chileno pedia a extradição desde quando Norambuena foi preso pelo sequestro de Olivetto. O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou extradição em agosto de 2004, mas desde que as condenações de prisão perpétua por assassinato e sequestro no Chile fossem substituídas por pena de, no máximo, 30 anos, como no Brasil.

Sequestro e tortura
O criminoso ficou conhecido no Brasil após sequestrar Olivetto em 11 de dezembro de 2001 em Higienópolis, na capital paulista, e pediu R$10 milhões de resgate, que jamais foram pagos. Mais cinco pessoas participaram do crime. Em 2 de fevereiro de 2002 o publicitário foi libertado pela polícia após 53 dias de cativeiro;

Denúncia anônima levou à prisão de Norambuena e mais três homens e duas mulheres, todos estrangeiros, em uma chácara no interior paulista. Além de indicarem o local onde Olivetto estava, confessaram o crime sob alegação de que o dinheiro do sequestro seria usado para financiar grupos armados  contra o governo do Chile.

Em 2002, eles foram julgados e condenados a 16 anos de prisão por sequestrar o publicitário. Em 2003, o MP recorreu da sentença e o Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo aumentou a pena de cada um para 30 anos. Além do sequestro foram acusados de tortura e formação de quadrilha.

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