audiência pública

“Resposta ousada para o desemprego é a desoneração da folha”, diz Guedes ao Congresso

Comissão mista ouve o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta terça-feira

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Ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de audiência pública com comissão mista. Foto: TV Senado/Reprodução

O ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de audiência pública em comissão mista do Congresso Nacional, na manhã desta terça-feira (1°). Após divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, hoje, Guedes responde às perguntas dos parlamentares e explica principais ações planejadas para o enfrentamento à crise financeira mundial causada pela pandemia da Covid-19, assim como, pontos a serem implementados pela Reforma Tributária que vem sendo costurada pelo governo.

Guedes fala sobre o Programa Renda Brasil, que substitui o Bolsa Família, “vamos pegar recursos que estão sobrando no andar de cima e canalizar no andar debaixo”, afirma o ministro. A respeito dos mais de 12,6 milhões de brasileiros que estão desempregados, Paulo Guedes diz que “resposta ousada é a desoneração da folha”. Este último, uma das principais bandeiras da nova reforma, que facilita ao empresariado com uma extensa vantagem de impostos no processo de contratação de pessoal.

Entre os principais pontos discutidos, estão a concessão de benefícios tanto aos cidadãos, quanto ao empresariado. Guedes diz que uma prioridade é na reforma tributária é “tributar o andar de cima, tirar os privilégios do andar de cima e investir no debaixo”, referindo-se à redistribuição de impostos.

Trabalhadores

A senadora Zenaide Maia (PROS-RN) questionou a falta de reajuste  do salário mínimo dos últimos dois anos. Guedes afirma que, o salário mínimo é um “instrumento de proteção ao trabalhador”, entretanto, os grandes recebedores da Previdência Social “se penduraram” nos reajustes, o que ocasiona em um inflamento das despesas.

Neste sentido, o ministro também salientou que reajustes durante a pandemia não são interessantes, pois pode promover um efeito rebote. “Se fizermos um reajuste nesse momento, vamos condenar as pessoas ao desemprego, estamos atentos a estas questões, mas também deve-se avaliar qual é o melhor momento”, diz Guedes.

Micro-empresário

Os parlamentares brasilienses, senador Izalci Lucas (PSDB-DF) e a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF), questionam a distribuição de recursos que beneficiam o micro e pequeno empresário. Para o senador, a verba recebida pelas instituições financeiras não chegam, de fato, aos que mais precisam.

Em resposta, Guedes afirma que além do Pronampe, a Caixa Econômica instituirá um novo sistema de microcrédito e que os benefícios serão em dois sentidos, crédito aos menores produtores e aos distribuidores. “Se você irrigar pelo comprador, como é o caso dos atacadistas, ele protegerá a cadeia produtiva dele. Serão 30 milhões de brasileiros aptos a receber estes recursos”.

A senadora Kátia Abreu (PP-TO), afirma que o programa de crédito já alcançou 3,3% dos microempresários e que são prioridades para o governo a manutenção de programas de incentivo ao emprego e ao empregado. “Precisamos encontrar uma forma de aumentar esses créditos que são emprestados, não são dados. O auxilio emergencial e acudir as pequenas empresas não tem nada mais importante que isso”, diz.

 

 

 

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