Desafio

Deputado Ricardo Barros se oferece para depor na CPI da Pandemia

Ele nega qualquer relação com a compra de imunizantes de combate à covid-19

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Deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara - Foto: Valter Campanato.

O deputado Ricardo Barros (PP-PR=, líder do governo na Câmara,  divulgou nota neste domingo na qual se oferece para prestar esclarecimentos à CPI da Pandemia e reafirma que não participou de qualquer de compra de vacinas contra convid pelo governo brasileiro.

Barros afirma, em sua nota, que “fica evidente que não há dados concretos ou mesmo acusações objetivas, inclusive pelas entrevistas dadas no fim de semana pelos próprios irmãos Miranda.” Assim, reafirmo minha disposição de prestar os esclarecimentos a CPI da Covid e demonstrar que não há qualquer envolvimento meu no contrato de aquisição da Covaxin”, diz.

Sobre denúncias e fofocas envolvendo seu nome até agora, Barros esclarece que, no caso da servidora Regina Célia, “reafirmo que não é minha a indicação para cargo”. Ele diz que “deve ser observado que ela é uma servidora concursada desde 1995, não podendo haver escolha ou não de sua participação na rotina do ministério da Saúde.” Diz ainda que Regina Célia ocupou mais de cinco cargos de livre nomeação em quatro gestões presidenciais anteriores ou ao longo do período de seis ministros da Saúde ao longo de sua carreira.

“Do ainda impreciso diálogo com o presidente da República, na transcrição da CPI, o caso em questão seria sobre a empresa Global e a compra de medicamentos não entregues”, diz o deputado. “Trata-se de processo judicial, em que provo a minha conduta em favor do SUS, quando fui ministro da Saúde.”

Ele diz que em sua gestão, no ministério da Saúde, promoveu uma economia superior a R$5 bilhões ao sistema de saúde que puderem ser reinvestido, implementando novos sistemas de compra. “São processos que afrontaram grandes interesses, mas promoveram mais serviços à população. Embora a Global seja sócia da Precisa Medicamentos, em análise pela CPI, esse processo em nada se relaciona com a aquisição de vacinas da Covaxin. Não participei de qualquer negociação para a compra desse produto”, garante.

“Sobre a emenda da MP que autorizou a compra de vacinas da Índia, o maior produtor mundial de imunizantes, o tema foi motivo de emendas de 8 parlamentares, entre eles o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, que cita especificamente a autoridade indiana, e o deputado Renildo Calheiros, irmão do relator da comissão. A legislação é complementar ao que já previa o texto de fevereiro de 2020, da lei 13.979, artigo 3º VIII a, que permitia a importação excepcional de produtos registrados por autoridades sanitárias estrangeiras, diz a nota.

“Sobre a minha defesa pública em favor de mais agilidade por parte da Anvisa e da oferta de imunizantes e produtos para o combate à Covid-19, além da minha obrigação como ex-ministro da Saúde, sou presidente da Frente Parlamentar da Indústria Pública de Medicamentos desde 2015. O Legislativo deve fazer sua parte para o acesso às melhores práticas e benefícios e ampliação do atendimento à população e ampliação”, continua.

“Reitero que sempre busquei a transparência e o diálogo na minha vida pública e me coloco à disposição para quaisquer esclarecimentos necessários à apuração da CPI”, coinclui.

Pedido de cassação

O partido Psol anunciou que vai pedir vai pedir ao conselho de ética da Câmara a cassação do mandato de Barros, apontado por Miranda como suposto autor das pressões para a assinatura de um contrato com irregularidades para a compra da vacina indiana Covaxin.

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