Em meio a crise

PSL suspende cinco deputados e blinda líder do partido de destituição

Com isso, os parlamentares ficam impedidos de manifestação no Plenário da Câmara

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Agora o partido passa de 101 para 153 delegados, com integrantes dos "dois lados"

Integrantes do Partido Social Liberal (PSL) estão reunidos desde o começo da manhã desta sexta-feira (18), em Brasília, a convenção extraordinária foi convocada pelo presidente Luciano Bivar, para tratar das novas diretrizes que irão nortear o partido durante a crise interna que a sigla enfrenta.

Houve também a suspensão dos direitos partidários de parlamentares, entre eles Carla Zambelli, Bibo Nunes, Alê Silva, Carlos Jordy e Felipe Barros.

Na reunião houve o acréscimo de filiações na estrutura da legenda, que agora passará de 101 para 153 delegados. “Desses 52 convencionais, 34 são deputados federais em mandado, e além de serem membros natos, agora também são convencionais. Dentro do racha tem gente dos dois grupos, para não dizer que é o grupo de lá, ou o grupo de cá, tem gente do dois lados, esses nomes foram definidos antes da crise”, afirmou Tadeu.

Entre as pautas, está a oficialização das trocas dos comandos dos diretórios em São Paulo e no Rio de Janeiro, ou seja, a destituição do deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP) e do senador Flávio Bolsonaro (RJ).

Os nomes para a eleição do novo líder do PSL na Câmara dos Deputados, deverão ser definidos na convenção nacional em novembro, a legenda vai apostar em um nome “de centro”, os nomes de Eduardo Bolsonaro e do Delegado Waldir já estão fora da lista.

A deputada federal Carla Zambelli (SP) chegou ao local em que ocorre o encontro, com discurso de indignação, falou sobre a tentativa de mudar o estatuto do partido e ressaltando que o grupo de apoiadores de Bolsonaro não foi informado sobre a convenção. “A nossa intenção aqui é mostra que existe uma oposição dentro do PSL, que continua buscando por transparência do uso dos recursos públicos, principalmente depois da operação contra o presidente Bivar”.

A parlamentar disse aos jornalistas que o encontro a “portas fechadas” vai contra o estatuto da legenda que define  “que o relacionamento entre o partido e os detentores de mandato será sempre formalizado em contato de correspondência pessoal, que contenha a pauta, o local e a data da reunião. Vamos ver a possibilidade de tornar nula a convenção de hoje porque eles podem decidir qualquer coisa hoje aqui”.

O Cononel Tadeu refuta as afirmações da deputada, tendo em vista que data da convenção foi publicada no Diário Oficial do Partido. “Ela sentou na mesa com a gente. Isso foi publicado no dia 9 de outubro e eu postei no grupo do PSL no dia 10”.

Mais cedo, o líder do PSL na Câmara dos Deputados, Delegado Waldir (GO) falou sobre as possíveis mudanças no estatuto do partido, e enfatizou. “Vamos ter uma reunião hoje do partido e quem vai comandar é Bivar”.

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