Prefeito de município do RJ é preso por suposto envolvimento com tráfico de drogas
Presidente da Câmara de Vereadores e outro parlamentar também são alvos da Polícia Federal
O Prefeito de Japeri, Carlos Moraes, 73 anos, foi preso na manhã desta sexta-feira (27) por suspeita de envolvimento com tráfico de drogas. No âmbito da Operação Sênoses, as investigações apontam a ligação entre uma das maiores facções criminosas do Rio de Janeiro com a prefeitura do município da baixada fluminense.
Ao chegar na delegacia Moraes se descontrolou, xingou e ameaçou os jornalistas ao ser abordado. “Vai pra p…que pariu!Imprensa corrupta. Depois a gente acerta na Baixada”. E se não bastasse, ao ser questionado admitiu que estava ameaçando os jornalistas . “Tô! Tô sim! Eu também estou sendo ameaçado”.
Os agentes devem cumprir 38 mandados de prisão. Além do prefeito, outros alvos são o o presidente da Câmara, Wesley George de Oliveira, conhecido como Miga — que ainda está foragido —, e o vereador Cláudio José da Silva, o Cacau. Os três são filiados ao Partido Progressista (PP). O direito político deles está suspenso por determinação da desembargadora Márcia Perrini, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Também está envolvido nas investigações da Operação Sênoses Breno da Silva de Souza, o BR. Preso no último dia 20, ele era um dos homens mais procurados da baixada fluminense. Breno é acusado de chefiar o tráfico de drogas no Complexo do Guandu.
O elo entre a Prefeitura de Japeri e a facção criminosa foi descoberta enquanto a polícia investigava a morte de três pessoas na via que passa pelo município e liga rodovias federais, quando foram flagrados telefonemas entre o prefeito e BR.
Segundo as investigações, os três políticos colocaram o exercício de seus mandatos a disposição da organização criminosa em troca de benefícios e a possibilidade de estruturar um projeto político que os perpetuasse no poder.