Falta agilidade

Prefeito cobra soluções do governo federal e mapeamento de riscos em bairros de Maceió

Em Brasília, Rui Palmeira quer agilidade na definição de ações para proteger maceioenses

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Prefeito de Maceió Rui Palmeira reunido com Defesa Civil Nacional, em Brasília. Foto: Secom Maceió

Após a exposição de estudos e de mapas mais atualizados do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) sobre o afundamento de três bairros de Maceió (AL) pela mineradora Braskem, o prefeito Rui Palmeira (PSDB) divulgou que está em Brasília (DF) para mais uma reunião com a Defesa Civil Nacional, onde cobrou mais apoio do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e mais agilidade na divulgação do esperado “novo mapa de risco” dos bairros Pinheiro, Mutange e Bebedouro, que ele afirma não ser o que foi exposto ontem pela CPRM.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, Rui Palmeira disse que teve uma ótima reunião com a Defesa Civil Nacional, e tratou de esclarecer que “o mapa que foi divulgado no site da CPRM não é o ‘novo mapa de risco'”, que a população dos três bairros esperam desde quando tomaram conhecimento da gravidade da situação, oficialmente.

“O novo mapa de risco será debatido e decidido pela Defesa Civil Nacional e pela CPRM. Nós cobramos a maior agilidade possível em relação a isso e viemos para cá fazer algumas outras solicitações, como soluções de moradias para os moradores que estão na barreira de Mutange, que é uma área de alto risco. Viemos pedir um estudo que possa ser feito para levar uma possível solução de engenharia [para o Pinheiro] e levar tranquilidade aos seus moradores. Então, viemos aqui a Brasília, mais uma vez, para tratar desse problema que tem acometido o Pinheiro e adjacências, esperando que os órgãos federais nos deem uma resposta o mais rápido possível”, disse o prefeito.

Pessoal, vim a Brasília para mais uma reunião na Defesa Civil Nacional, onde pude cobrar mais agilidade na divulgação do novo mapa de risco dos bairros Pinheiro, Mutange e Bebedouro e solicitar mais apoio. Conto mais pra vocês no vídeo.

Posted by Rui Palmeira on Wednesday, May 22, 2019

Matriz para ações emergenciais

O mapa publicado ontem pela CPRM é o mais novo quadro apresentado sobre os riscos na região de onde a Braskem extraiu sal-gema durante 44 anos, reativando uma falha geológica adormecida há milhões de anos. O documento denominado “Mapa de Integração de Processos de Instabilidade do Terreno” delimitou os graus de intensidade de riscos e onde há “necessidade de remoção temporária ou permanente dos moradores, nas áreas pintadas com desenhos quadriculados pretos, considerando a previsão de chegada de chuvas intensas ou prolongadas, de acordo com a avaliação dos engenheiros da Defesa Civil estadual e municipal”. E as áreas indicadas como de risco baixo foram pintadas com desenhos quadriculados amarelos.

Presente na reunião na capital federal, o secretário-adjunto especial da Defesa Civil Municipal, Dinário Lemos, reforçou que a junção dos mapas de feição, da interferometria e das encostas das áreas de risco será discutida pela Defesa Civil Nacional e a CPRM, para apontar qual a população que fica e a que deve sair de imediato. “Esperamos que o mapa de risco saia até o final da semana. Estamos aguardando para trabalhar, efetivamente, no plano de ação”, explicou o secretário.

A Defesa Civil reforça que o mapa mais recente divulgado pela CPRM, é a síntese das informações técnicas obtidas pelos estudos realizados na região dos bairros afetados.

“O documento é o principal subsídio para o plano estratégico de ações direcionadas à população dos bairros afetados que está sendo elaborado pela Defesa Civil Nacional e Municipal. Oferece as informações técnicas que nortearão a matriz de responsabilidades e atribuições a ser definida pelos governos federal, estadual e municipal para a assistência e as respostas à população desses bairros” disse a Defesa Civil.

Grave e complexa

Por meio da Secretaria de Comunicação de Maceió, o prefeito destacou que, apesar de a situação extremamente complexa, viajou até Brasília com Dinário Lemos, pensando em soluções para o problema, a exemplo de novos lotes para auxílio moradia e da remoção para habitações populares de  cerca de 1.300 famílias que estão na barreira do Mutange.

“Fizemos algumas sugestões e viemos solicitar apoio nesse sentido. Agora é aguardar as ações do Ministério. Sabemos que algumas questões são urgentes e esperamos que sejam respondidas com a devida celeridade”, disse o prefeito Rui Palmeira.

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