Operação Deja Vu

PF mira pagamento de propina de R$ 200 milhões ligado a operador do MDB

Valor está ligado a contrato de US$ 825 milhões entre a Petrobras e a Odebrecht

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PF deflagra operação contra contratos obtidos pela Odebrecht por meio de pagamento de propina (foto: EBC)

A Polícia Federal deflagrou nesta terça (8) a Operação Deja Vu, 51ª fase da Operação Lava Jato. As investigações apontam o pagamento de propina pela Odebrecht para obtenção de contratos em valores superfaturados junto à Petrobras. Segundo as investigações, o valor dos pagamentos chega a R$ 200 milhões e é referente a um contrato de US$ 825 milhões, firmado em 2010 pela Petrobras e a Odebrecht.

Três ex-funcionários da empresa petrolífera e três operadores financeiros, um deles ligado ao MDB, foram alvo dos mandados de prisão desta terça. Os mandados foram expedidos contra Mario Ildeu de Miranda; Sérgio Boccaleti; Ulisses Sobral Calile; Aloísio Teles Ferreira Filho; Rodrigo Zambrotti Pinaud; e Ângelo Tadeu Lauria.

O mecanismo utilizado para o pagamento das propinas é um velho conhecido da PF, por isso o nome da operação. O pagamento de percentual dos contrados obtidos pela Odebrecht para agentes públicos e políticos era feito por meio de repasses no exterior por empresas off-shore e por movimentações no Brasil de recursos em espécie com intervenção dos operadores também já conhecidos da Polícia Federal.

Os agentes estão nas ruas do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo para cumprir quatro mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e 17 mandados de busca e apreensão, por ordem do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.

O objetivo é apreender elementos que provem a prática de crimes de corrupção, associação criminosa, fraudes em contratações públicas, contra o Sistema Financeiro Nacional, de lavagem de dinheiro, entre outros.

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