Preço dos combustíveis

Petrobras pode discutir mudança na política de reajustes com o governo

Atualmente, combustíveis chegam a ser reajustados diariamente pela estatal

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A política de lucros da Petrobras segue sem controle - Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

Petrobras deve aceitar discutir com o governo a política de reajuste diário da gasolina e aumentar a periodicidade das mudanças nos preços dos combustíveis. Para isso, a condição da estatal é a de que ela não perca o lastro do preço do Brasil em relação ao preço praticado internacionalmente, além de ser protegida contra a importação em períodos em que o preço do mercado externo tiver abaixo do vigente no Brasil.

Outro ponto em questão para que haja a negociação entre a estatal e o governo federal é a de que a Petrobras não fique no prejuízo com uma eventual mudança na atual política de reajuste do preço dos combustíveis.

Na última sexta (1º), Pedro Parente anunciou sua demissão da presidência da Petrobras, causando a queda das ações da estatal no mercado. No mesmo dia, o Palácio do Planalto anunciou Ivan Monteiro, então diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, como substituto de Parente. O discurso do novo nome, no entanto, foi a de que a política de preços não mudaria.

Só neste ano, a Petrobras já fez duas alterações em políticas de reajustes de preço: no do gás de cozinha, que passou a ser trimestral; e no diesel, que será mensal, de acordo com o acordado com os caminhoneiros durante a greve da categoria. Por 60 dias, o combustível terá o preço congelado, parte do subsídio de R$ 0,46 para redução no preço do diesel.

Desde que a greve dos caminhoneiros foi deflagrada no dia 21 de maio, a atual política de reajuste de preços da Petrobras vem sendo alvo de duras críticas. O congelamento dos preços é uma medida já rejeitada. Porém, a mudança para uma política de menor volatilidade pode ser definida.

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