Opção a Regina Duarte

Pernambucano que enfrentou a fúria da esquerda no cinema é ‘plano B’ para Cultura

Alfredo Bertini "ousou" aceitar a inscrição de filme sobre Olavo de Carvalho em festival

acessibilidade:
Doutor em Economia, Alfredo Bertini foi secretário nacional do Audiovisual e também secretário nacional de Insfraestrutura Cultural.

O economista pernambucano Alfredo Bertini é apontado como uma das principais alternativas do presidente Jair Bolsonaro diante da eventualidade de a atriz Regina Duarte recusar o convite para assumir o cargo de secretária especial de Cultura. Bolsonaro considera inclusive ressuscitar a denominação de “ministério”.

Bertini colaborou com a equipe do ministro Paulo Guedes (Economia), durante o governo de transição, e se notabilizou, como Secretário Nacional do Audiovisual, pela criação do “CineI PE – Festival do audiovisual”, em 2002, ampliando o Festival de Cinema do Recife, do qual também é o idealizador. 

Ele enfrentou a fúria da patrulha ideológica em Pernambuco, em 2017, ao inscrever no festival o documentário “O jardim das aflições”, do pernambucano Josias Teófilo, sobre o filósofo Olavo de Carvalho. O anúncio da exibição do filme provocou uma onda esquerdista exigindo sua censura.

Destacou-se também como secretário nacional de Infraestrutura Cultural do Ministério da Cultura, durante o governo do ex-presidente Michel Temer, e já no governo Bolsonaro foi presidente da Fundação Joaquim Nabuco, órgão vinculado ao Ministério da Educação, mas acabou substituído por Antonio campos, irmão do falecido ex-governador pernambucano Eduardo Campos (PSB).

Produtor respeitado no setor cultural, Bertini também é apontado como caso raro de alguém que “fala com os dois lados”.

Nascido em Recife, em 1961, ele é doutor em Economia pela Universidade de São Paulo e com uma longa carreira nessa área como professor universitário, autor de livros especializados e consultor. Foi ainda Secretário de Turismo e Esportes da prefeitura da Cidade do Recife e presidente do Fórum dos Festivais, congregandi os realizadores de eventos audiovisuais do Brasil. Publicou em 2006 o livro Quando o caso é de cinema, a paixão é um festival.

Reportar Erro