‘Não é na bala, nem na faca que vamos construir essa nação’, diz Alckmin
Tucano diz que violência sempre foi pior caminho, ao lamentar por Bolsonaro
Em reação ao ataque contra seu adversário da corrida presidencial Jair Bolsonaro (PSL), o candidato do PSDB Geraldo Alckmin abriu seu novo programa eleitoral na noite deste sábado (8), afirmando ser o momento ideal para entender melhor sobre a paz, em torno da qual pregou a união.
Depois de se solidarizar com seu adversário agredido, o tucano afirmou que “não é na bala, nem na faca que vamos construir uma nação”, referindo-se ao fato de Bolsonaro condenar o desarmamento e ter sido esfaqueado em um evento de campanha na quinta (6).
Como exemplo da resolução de conflitos sem violência e utilizando inteligência e sensibilidade, a peça ressalta a intervenção bem sucedida de Alckmin no sequestro de Patrícia Abravanel, filha dono no SBT, Sílvio Santos, em agosto de 2001.
O programa que também conta com a participação da senadora Ana Amélia (PP-RS) se baseia na avaliação inicial da campanha de que não houve uma comoção incondicional com o ataque ao presidenciável, no sentido de empatia. “A violência é sempre o pior caminho para combater a violência”, diz Alckmin, no programa.
Na mesma linha, o foco é dado no petismo, candidato a rival para uma vaga no segundo turno caso Bolsonaro se consolide devido ao ataque. “O ódio que divide o país cresceu com o PT e fez prosperar radicais de um lado de outro”, diz Alckmin, que naturalmente toma o cuidado de se solidarizar com o rival na peça.
“Oura coisa é não deixar que esse acontecimento nos impeça de olhar com cuidado para os problemas do Brasil”, diz o tucano. Para ele, é preciso ter um país em que seja possível “viver sem medo”, e o episódio pode trazer “uma nova nação”.
Tudo isso se encaixa na difícil tarefa tucana de não criticar uma vítima internada de uma agressão e, ao mesmo tempo, evitar que ela consiga auferir benefícios políticos do atentado. Por outro lado, já há o foco no PT.
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(Com informações da Folhapress)