Futuros ministros

Moro reafirma ‘confiança pessoal’ em Onyx, alvo de investigação por caixa 2

"O que vejo é um grande esforço para a aprovação das 10 medidas do Ministério Público, razão pela qual foi abandonado por grande parte de seus pares", disse o ex-juiz

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Moro admitiu que apagou mensagens e escolheu quais informações do celular vai disponibilizar aos investigadores. Foto: Marcelo Camargo/ABr

O futuro ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro, reafirmou hoje (4) sua confiança no ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, confirmado para assumir a Casa Civil a partir de janeiro. “[Ele] tem minha confiança pessoal”, disse Moro em entrevista coletiva.

A reação dele ocorre no momento em que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a abertura de uma petição autônoma específica para analisar as acusações de caixa dois feitas por delatores da J&F ao futuro ministro da Casa Civil.

“Eu já me manifestei anteriormente. É uma questão de Onyx. O que vejo é um grande esforço [do ministro Onyx] para a aprovação das 10 medidas do Ministério Público, razão pela qual foi abandonado por grande parte de seus pares. Ele tem minha confiança pessoal.”

Um dos fatos sob apuração no Supremo já foi admitido por Onyx. Ele confessou ter recebido R$ 100 mil de  caixa dois da JBS em 2014. Os delatores do grupo empresarial, porém, entregaram uma outra planilha na qual há o registro de mais R$ 100 mil que teriam sido repassados a Onyx em 2012, o que ele nega. A apuração foi aberta a pedido da procuradora-Geral da República, Raquel Dodge.

Trabalho

Moro também falou sobre a estrutura que terá o ministério da Justiça, com a incorporação de áreas do Ministério do Trabalho, que será extinto no próximo governo. Ele admitiu que é possível que o setor de registro sindical, seja transferido para sua pasta. “Ainda ainda está sendo definido. Há intenção de transferir a parte do registro sindical, que é um setor que teve muita corrupção no passado.”

Ontem o ministro da transição anunciou a extinção da pasta, que terá partes incorporadas incorporadas aos ministérios da Economia, da Cidadania e da Justiça. (ABr)

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