Foi chamado de fujão

Ministro é vaiado durante discurso no Senado durante sessão sobre meio ambiente

Ricardo Salles negou desmonte e diz que herdou dificuldades financeiras e de recursos humanos

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Ministro do Meio Ambiente é vaiado no Senado, deixa o plenário e é chamado de fujão. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi vaiado nesta quinta (6), durante discurso no Senado durante sessão em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente.

As primeiras vaias aconteceram quando Salles negou ser responsável por desmonte do ministério e falou sobre as dificuldades financeiras e envolvendo recursos humanos herdadas de governos anteriores.”A frase que tem sido dita, do desmonte, é absolutamente inverídica. Ao contrário, o desmonte foi herdado… podem se manifestar à vontade”, disse quando foi vaiado pela primeira vez.

Em seguida o ministro continuou a explicação com dados internos do ministério e de órgãos como o Ibama e o ICMBio. “Quem recebeu a fragilidade orçamentária fui eu. Quem recebeu um déficit gigantesco de funcionários, fui eu. Quem recebeu frotas sucateadas e prédios abandonados, fui eu. Portanto, se houve desmonte, desmonte houve antes e não agora. Agora há uma tentativa de, através de uma boa gestão e investimentos mais eficientes, reverter esse quadro para que possa cumprir o seu papel”, explicou.

Salles também falou sobre a defesa do meio ambiente. Segundo ele, todos os presentes concordam com essa defesa, mas discordam sobre a maneira como ela deve ser feita. “Quanto a isso, temos absoluta convergência de visões. A forma de fazer isso é que me parece que traz caminhos distintos, caminhos distintos que também contemplam diferenças entre versões e fatos”, concluiu.

Ao final do discurso houve um misto de vaias e aplausos. A presidente da sessão, senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), explicou que o ministro tinha outro compromisso e que precisava se retirar. Salles faria uma palestra no Rio de Janeiro.

Enquanto o ministro cumprimentava os membros da Mesa e se dirigia à saída, os presentes à sessão solene gritaram para que ele ficasse e o chamaram de ‘fujão’.

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