Robótica

Ministro da CGU Divulga dados de Inteligência Artificial em Congresso de Auditoria

Wagner Rosário apresentou números que apontam um bloqueio de R$ 812 milhões em licitações este ano

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Rosário, disse hoje (4) que entre dezembro de 2018 e agosto deste ano foram suspensas licitações para compras públicas

O ministro Wagner Rosário, da Controladoria-geral da União (CGU) participou na manhã desta terça-feira (17), da 39ª edição do Congresso Brasileiro de Auditoria Interna(Conbrai), em Florianópolis, onde discursou sobre a importância do combate à corrupção em estatais com o apoio da robótica.

Titular da pasta da CGU apresentou números que apontam um bloqueio de R$ 812 milhões em licitações, apenas este ano, feitos com o auxílio de algoritmos associados à tecnologia de inteligência artificial. A palestra foi realizada para mais de 900 profissionais.

Só neste ano, até agosto, foram 15 pregões cancelados ou suspensos. O sistema busca identificar riscos que expõem as organizações públicas por meio de análises de textos. “Agimos antes que a licitação, ocorra de forma eficiente e sem a necessidade de contar com diversos servidores nesses processos”, explicou o ministro. Segundo ele, as novas funcionalidades têm gerado resultados que contribuem para desestimular a abertura de pedidos de licitação desnecessários, dando mais coerência às metodologias.

O ministro, que atendeu a imprensa local antes de sua apresentação, lembrou que o país tem avançado significativamente no combate à corrupção e má gestão pública, tendo gerado um benefício ao governo federal da ordem de R$ 29.8 bilhões nos últimos seis anos. “Só no ano passado foram R$ 7 bilhões, e isso de um órgão que custa R$ 1 bilhão para operar”, lembrou.

Sobre os acordos de leniência as cifras também impressionam. São R$ 11.5 bilhões de desde o ano de 2017, com a maioria fechada ano passado. O ministro estima que só em 2019 tenha sido acordado algo entre R$ 3 e R$ 4 bilhões até agosto.

Além de utilizar em licitações, a CGU aplica a inteligência artificial nas análises de trilhas de pagamentos de pessoal, com 94 ferramentas que rodam todos os meses em sistemas pelo país. Há também o uso de algoritmos nas análises de prestação de contas de convênios, no qual a tecnologia auxilia tanto na identificação de irregularidades, como na liberação de processos automáticos, nos casos em que não foram encontradas provas de fraudes. “Isso agilizou demais os sistemas e trouxe muita economia para o governo”, revelou Rosário.(Com informações CGU)

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