Não é 'tigre de papel'

Lira vê maturidade da democracia como esteio na pandemia, nos 100 dias à frente da Câmara

Presidente da Câmara afirma que democracia no Brasil não é 'tigre de papel', em artigo na 'Folha'

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Presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL). Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL) destacou a maturidade da democracia que, em tempos de crise sanitária da covid-19, deve ser lembrada como esteio da nação neste contexto de enorme agonia. Ao destacar que a democracia do Brasil não é um “tigre de papel”, Lira citou a aprovação da Lei do Estado Democrático de Direito, como exemplo dos avanços democráticos, ao celebrar hoje (17) os seus primeiros cem dias no comando da Câmara.

“Muitos erros aconteceram, mas muitas grandes e importantes definições foram feitas também nessas horas de tão enorme agonia. E a democracia, com todos os seus defeitos, um dia será lembrada como o esteio que nos sustentou como nação nesta quadra, através da coreografia de nossas instituições”, declarou Arthur Lira, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo.

A conclusão do deputado alagoano é de que, para além da cegueira das paixões, o futuro trará com clareza a forma como as instituições do país conseguiram atravessar essas horas tão incertas e dar respostas nessa dolorosa travessia da pandemia, em que já foram mortos mais de 436 mil brasileiros.

“É neste ponto onde estamos: numa sociedade de alto padrão democrático. Uma sociedade que padece, sim, um de seus piores momentos, juntamente com o mundo, diante do terror e do temor causado por uma pandemia sem precedentes, com impactos dilacerantes na vida de centenas de milhares de irmãos e irmãs, de famílias, com o luto que ronda quase todas as esquinas, a insegurança em relação ao amanhã, o desespero daqueles que precisam de amparo para garantir a sobrevivência, com a economia profundamente abalada e com o modo de vida de todos afetado como nunca antes”, lamentou Lira.

Entulho autoritário superado

Arthur Lira afirmou que a Lei do Estado Democrático de Direito é uma resposta cidadã e democrática ao entulho autoritário que antes ocupava o seu lugar, a Lei de Segurança Nacional. Para ele, o avanço institucional esplendoroso foi ponto de partida para sua análise sobre o contexto atual de forma mais ampla e em perspectiva.

“Desde que assumi o posto de presidente da Câmara dos Deputados pude acompanhar de perto e de dentro algumas placas tectônicas de nossa democracia se moverem e a reverberação de seus estrondos institucionais. Mas esses movimentos só reforçaram em mim a convicção de que a democracia no Brasil não é um tigre de papel. É uma construção sólida, enraizada e madura, capaz de absorver suas próprias contradições e sair mais forte a cada teste”, avaliou o presidente da Câmara, no artigo para a Folha.

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