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Justiça dá 5 dias para chefe da Secom se defender de suspeita de conflito de interesses

Juíza de Brasília analisa pedido do Psol para afastar Fabio Wajngarten de cargo no Planalto

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O chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) do Palácio do Planalto, Fabio Wajngarten, se manifestar sobre suspeitas de conflito de interesses. A decisão é da juíza federal Solange Salgado, da 1ª Vara Federal em Brasília, que quer ouvir Fabio antes de decidir sobre um pedido de liminar feito pelo Psol, que pleiteia o afastamento do secretário.

O Psol ajuizou na sexta-feira (17) uma ação popular na Justiça Federal afirmando que a situação do secretário viola os princípios administrativos.

“Para que seja oportunizada à parte contrária o contraditório acerca dos fatos mencionados […], é imprescindível a oitiva da parte contrária, antes de apreciar o pleito de suspensão liminar do alegado ato lesivo impugnado. Assim, deixo para apreciar o pedido liminar após oportunizar manifestação prévia dos réus no prazo de cinco dias úteis”, escreve a juíza no despacho.

Wajngarten tem uma empresa, a FW Comunicação, que recebe de emissoras de TV e agências de publicidade que, por sua vez, são contratadas pela própria Secom e por outros órgãos do governo Jair Bolsonaro. Ele tem 95% das cotas da empresa e sua mãe, 5%. A Secom é responsável por distribuir as verbas de comunicação do governo. O secretário sustentou que sua situação é regular porque ele se afastou da gestão da firma.

Segundo a imprensa, um cliente da empresa de Wajngarten, a Artplan, passou a ser a número um em verbas distribuídas pela pasta na gestão dele na Secom. A agência recebeu da secretaria R$ 70 milhões entre 12 de abril e 31 de dezembro de 2019, 36% mais do que o pago no mesmo período do ano anterior (R$ 51,5 milhões).

Até a chegada de Wajngarten ao cargo de secretário, a agência mais contemplada com a verba de propaganda era a Calia Y2.

Em nota, a Secom negou ter havido favorecimento da Artplan e, como na semana passada.

“A Artplan ganhou uma concorrência interna entre as agências com contratos com a Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República realizada na gestão anterior e não da de Fábio Wajngarten para realizar a maior campanha do governo em 2019, a da Nova Previdência”, afirmou.

“O mau jornalismo praticado pela Folha de S.Paulo se transformou em abjeta campanha persecutória, inaceitável e incompatível com que determinam a ética e os bons costumes do bom e sério jornalismo.” (Folhapress)

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