Economia

Governo Bolsonaro herda R$ 292 bilhões em investimentos engatilhados

O setor de energia elétrica é o principal responsável pelos investimentos já mapeados

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Outro objetivo da MP, é reduzir a judicialização de questões previdenciárias Foto: EBC

Segundo levantamento feito pelo banco Itaú BBA para o jornal Folha de S.Paulo, os projetos de infraestrutura já contratados ou engatilhados têm um potencial de investimento de R$ 339 bilhões nos próximos anos. Do total, R$ 291,6 bilhões devem se concentrar em cinco anos – ou seja, a maior parte ocorrerá no governo Jair Bolsonaro.

São obras do porte da rodovia BR-364/365, que liga Uberlândia (MG) a Jataí (GO), ou da ferrovia Norte-Sul, em construção há cerca de 30 anos, mas que tem trechos com edital já publicado e leilão marcado para março.

É possível que o potencial de investimento seja ainda maior, segundo Rogério Yamashita, chefe de infraestrutura e logística na área de project finance do Itaú BBA.

“Temos conversado com o governo e ele tem um planejamento enorme de projetos para serem realizados e que não estão mapeados aqui porque ainda são ideias. O que colocamos nas previsões são projetos que já têm estudos”, diz ele.

O setor de energia elétrica é o principal responsável por esses investimentos já mapeados. Do valor total, R$ 202 bilhões deverão ser investidos em novas usinas geradoras e linhas de transmissão.

Em seguida, vem o setor de transportes, com projetos de rodovias (R$ 79 bilhões), aeroportos (R$ 34 bilhões) e ferrovias (R$ 24 bilhões).

Apesar das cifras bilionárias, o valor está longe do ideal, avalia Claudio Frischtak, presidente da Inter.B, especializada em infraestrutura.

Para ele, em um cenário otimista, uma retomada significativa ocorrerá apenas em três anos, a partir de 2022.

Em 2019, os investimentos em infraestrutura deverão representar 1,6% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, apontam cálculos da consultoria. A taxa ficaria em um patamar semelhante à do ano passado, de 1,7% do PIB.

O ideal, diz Frischtak, era que os investimentos chegassem a 4% da economia do país. (Com informações da FolhaPress)

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