Sede de governo

Governador do DF garante que vai assumir Centro Administrativo ‘de um jeito ou de outro’

A construção do Centro Administrativo, com 14 prédios, custou aos cofres públicos R$ 1 bilhão

acessibilidade:
Centro Administrativo do DF (Centrad) - Foto: Andre Borges/Agência Brasília

O governador Ibaneis Rocha garantiu nesta quarta-feira (16), que a sede do Governo do Distrito Federal, enfim, irá mudar para o Centro Administrativo do DF , até março. “O prédio é do Distrito Federal, foi construído em cima de um terreno nosso e eu vou assumir o prédio de um jeito ou de outro. Agora, se quiser fazer isso de forma negociada, nós vamos fazer isso de forma negociada”.

Ibaneis ressaltou que caso não seja possível um acordo, com as empreiteiras que fazem parte do consórcio, as enroladas na Operação Lava Jato, Odebrecht e Via Engenharia, ele vai assumir o Centrad , e só depois discutirá o valor na Justiça. “Existe determinação, dentro do GDF, de que nós vamos assumir o prédio, com ou sem negociação. Eu espero que pela via negociada”.

Em busca de soluções rápidas, o governador esteve com o presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães. “Eu acho que nesse momento quem tem menos que receber são as empresas, estão envolvidas na Lava Jato”.

Em delações da Odebrecht, o ex-executivo João Antônio Pacífico afirmou que as negociações, que ocorreram entre os anos de 2007 e 2014, para a construção do prédio foram marcadas, durante o período de licitações, por “acordos de mercado” e repasses para caixa dois.

O local que se tornou um verdadeiro Elefante Branco, foi inaugurado pelo ex-governador Agnelo Queiroz (PT), em dezembro de 2014, sem possibilidade de ser ocupado, devido a inúmeras irregularidades. A construção do centro, com 14 prédios, custou aos cofres públicos R$ 1 bilhão e ocorreu com objetivo de transferir toda a administração do DF para a região de Taguatinga.

Na época, entre as justificativas para a necessidade da obra, uma era que a transferência desafogaria o trânsito na região central de Brasília, ajudaria na união e comunicação entre as secretarias e órgão do GDF, além de gerar mais desenvolvimento para as regiões administrativas de Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Águas Claras e Vicente Pires.

Reportar Erro