Governo Bolsonaro

General Mourão anuncia Damares Alves como ministra de Direitos Humanos

Assessora de Magno Malta, pastora afirmou que 'mulher nasce para ser mãe' e infelizmente tem que trabalhar

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O vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão (PRTB), anunciou nesta quarta-feira a advogada e pastora Damares Alves para o novo Ministério de Direitos Humanos, Família e Direitos da Mulher.

Assessora do senador Magno Malta, aliado de Jair Bolsonaro, Damares ligou ontem à noite para Jair Bolsonaro e disse que aceitava assumir a pasta.

“Praticamente toda a equipe do novo governo está formada, faltando apenas o Meio Ambiente. As noticias de hoje dão conta de que a Damares aceitou o convite para comandar o Direitos Humanos. O Meio Ambiente ainda exige mais conversa, pois existem muitos atores interessados. Podemos dizer que a passagem de dados do governo está sendo feita de forma republicana”.

O presidente eleito divulgou na semana passada que a pastora era “forte concorrente” para chefiar a pasta por causa de sua identificação com a pauta dos direitos humanos e da família.

Em entrevista concedida em março, Damares afirmou que as mulheres nasceram para serem mães. Para ela, no modelo ideal de sociedade, elas ficariam apenas em casa, sustentada pelos homens.

“Me preocupo com a ausência da mulher de casa. Hoje, a mulher tem estado muito fora de casa. Costumo brincar como eu gostaria de estar em casa toda a tarde, numa rede, e meu marido ralando muito, muito, muito para me sustentar e me encher de joias e presentes. Esse seria o padrão ideal da sociedade. Mas não é possível. Temos que ir para o mercado de trabalho”, afirmou.

Apesar disso, Damares disse que é possível mulheres conciliarem as rotinas nas empresas e em casa e defendeu que o papel que mais gosta de exercer é o materno e que as mulheres nascem para ele.

“A mulher nasceu para ser mãe. Também, mas ser mãe é o papel mais especial da mulher. A gente precisa entender que a relação dela com o filho é uma relação muito especial. E a mulher tem que estar presente. A minha preocupação é: dá pra gente ter carreira, brilhar, competir, consertar as bobagens feitas pelos homens. Sem nenhuma guerra, mas a gente conserta algumas. Dá pra gente ser mãe, mulher e ainda seguir o padrão cristão que foi instituído pras nossas vidas”, disse a líder evangélica.

Economia e reforma trabalhista

Questionado sobre a atual situação econômica do Brasil, Mourão afirmou que ela é complicada por causa da questão tributária, do déficit fiscal e da dívida pública, e que todos estes problemas terão que ser solucionados ao longo do novo governo.

Sobre a reforma trabalhista, o vice-presidente eleito afirmou que ainda há muitas amarras para o empresário. “A reforma precisa dar mais liberdade aos empresários, pois tudo ainda é muito amarrado”.

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