Rixa antiga

Força-tarefa da Lava Jato tenta ‘suspeição’ de Gilmar Mendes em julgamento de Paulo Preto

Procuradores afirmam que Aloysio Nunes 'atuou' junto ao ministro do STF para ajudar operador do PSDB

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O ministro Gilmar Mendes não discute as reivindicações, mas acha que isso não autoriza a promoção do caos no País. Foto: Nelson Jr.

Em mais um capítulo da rixa com o Supremo Tribunal Federal (STF), procuradores da força-tarefa da Lava Jato enviaram documentos para a Procuradoria-Geral da República (PGR) para subsidiar um eventual pedido de suspeição do ministro Gilmar Mendes para impedir sua participação em julgamentos envolvendo o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza , o Paulo Preto, tido como operador do PSDB.

De acordo com os procuradores, assim que foi impetrado o pedido de habeas corpus em favor de Paulo Preto, o advogado José Roberto Figueiredo Santoro entrou em contato com o ex-ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes (PSDB) questionando se ele ‘falou com nosso amigo’.

No entendimento da força-tarefa, o amigo é o ministro Gilmar Mendes e uma ligação de 1 minuto e 8 segundos feita, no dia seguinte, de um número do gabinete do ministro para Nunes seria suficiente para provar a atuação em favor do operador do PSDB.

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“Considerando a iminência de decisão na Reclamação nº 33514, distribuída ao ministro Gilmar Mendes, trazemos com urgência todos os fatos acima descritos, certos de que Vossa Excelência adotará as medidas cabíveis com a velocidade e presteza costumeiras, de forma a evitar que o interesse público subjacente às investigações possa ser prejudicado e que uma mácula de desconfiança paire sobre decisões proferidas por E. Ministro da Suprema Corte”, diz o documento enviado à PGR.

 

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