Ex-deputado de SC ligado a agricultura vai chefiar o Serviço Florestal
Colatto foi crítico do percentual de terra a ser preservado por fazendeiros
Autor do projeto que revoga a lei de crimes ambientais, o ex-deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) foi nomeado nesta segunda-feira, 25, para o cargo de diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro do Ministério da Agricultura. A nomeação foi publicada no “Diário Oficial da União” de hoje.
Colatto é autor do projeto de lei que libera a caça no país, proibida desde 1967. Um dos mais atuantes membros da bancada ruralista no Congresso, ele defendeu passar pros estados a prerrogativa de estabelecer os percentuais de reserva legal.
O político, que não conseguiu se reeleger nas eleições do ano passado, afirmou ainda que o Brasil precisa “refletir” sobre as atuais regras de preservação.
“Nós temos que pensar que 66% das florestas no Brasil não são nada se compararmos com as da Europa, que não chegam a ter 0,5% de floresta. E eles ainda querem dizer o que devemos fazer aqui? Ora, se quiserem que mantenhamos nossas florestas, que nos paguem com serviços ambientais, como fazem os Estados Unidos e a Europa, onde quem preserva a floresta recebe por isso”, declarou o ex-deputado no fim do ano passado.
Serviço Florestal Brasileiro
Criado em 2006, o Serviço Florestal Brasileiro era vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, mas desde 1º de janeiro, quando o presidente Jair Bolsonaro editou uma medida provisória (MP) para reestruturar o governo, o serviço passou a ser vinculado à pasta da Agricultura.
De acordo com o site do órgão, cabe ao SFB “promover o conhecimento, o uso sustentável e a ampliação da cobertura florestal, tornando a agenda florestal estratégica para a economia do país”.