Preço abusivo

Distritais criticam preços abusivos dos combustíveis e falam em retorno de cartel

Chico Vigilante pediu ao Cade que investigue a abusiva alta dos preços

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O deputado Chico Vigilante (PT) censurou o que classificou como, ganância dos donos de postos Foto: Carlos Gandra/CLDF

A alta dos preços dos combustíveis no Distrito Federal foi pauta no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). O vice-presidente da Casa, deputado Rodrigo Delmasso (Republicanos) criticou veementemente os empresários do setor. “Os donos de postos de combustíveis se anteciparam e aumentaram o preço. Eles acham que a população é burra?”.

Delmasso lamentou o aumento dos preços, logo após a divulgação dos ataques em refinarias na Arábia Saudita, e cobrou investigação pelos órgãos competentes sobre a “prática de abuso de preço”.

Na mesma linha, o deputado Chico Vigilante (PT) censurou o que classificou como, ganância dos donos de postos. “É o retorno da atuação descarada do cartel. Numa cidade tão dependente de automóveis, em que se diz que somos cabeça, tronco e rodas, não podemos aceitar isso. A população está sendo roubada”.

Vigilante que preside a Comissão de Defesa do Consumidor (CDC), solicitou que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) investigue a abusiva alta dos preços. Na representação enviada ao conselho, ele ressalta. “O incidente em refinaria na distante Arábia Saudita tem sido pretexto para que os donos de postos de combustíveis aumentem o preço de seus produtos do Distrito Federal, especulando de forma absurdamente indevida e despropositada uma alta que não tem previsão”.

Devido aos preços abusivos, fiscais do  Procon-DF foram as ruas para notificar os estabelecimentos que  comercializam o litro da gasolina acima de R$ 4,22.

Operação Dubai

Em 2015, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou o esquema de cartel de redes de postos e distribuidoras do Distrito Federal.

As investigações apontaram que as empresas, que controlavam mais da metade dos postos de combustível, acertava e determinavam quais seriam os valores dos combustíveis, as menores redes seguiam as coordenadas do cartel.

A Polícia Federal deflagrou a Operação Dubai para desarticular o esquema que envolvia  redes de postos e distribuidoras do DF e faturou pelo menos R$ 800 milhões. Segundo a PF, no decorrer das investigações foi detectada a ação do próprio Sindicombustíveis-DF “como porta-voz do cartel e ao perseguir os proprietários postos dissidentes”.

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