'Inconsequente'

‘Desequilíbrio fica evidente’, diz ministro general Santos Cruz sobre Olavo de Carvalho

Considerado 'guru' do bolsonarismo, escritor faz críticas frequentes a ala militar do governo Bolsonaro

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As declarações feitas por Olavo de Carvalho, considerado o guru do bolsonarismo, não vem agradandao a ala militar do governo de Jair Bolsonaro. O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz, reagiu aos ataques de Olavo, principalmente contra o vice-presidente Hamilton Mourão.

“Eu nunca me interessei pelas ideias desse sr. Olavo de Carvalho. Por suas últimas colocações na mídia, com linguajar chulo, com palavrões, inconsequente, o desequilíbrio fica evidente” afirmou o ministro general em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

Em uma festa que precedeu a chegada de Bolsonaro aos Estados Unidos, Olavo de Carvalho disparou inúmeros ataques contra Mourão: “cara idiota”, “um estúpido”, “não tem ideia do que é a vice-presidência” foram algumas das ofensas. “Não o critico, eu o desprezo”, completou.

Olavistas tratam Mourão como inimigo por manifestar opiniões divergentes da de Bolsonaro em diversas ocasiões. O vice-presidente já defendeu que abortos devem ser decisões das mulheres e discordou que a posse de arma ajude no combate à violência.

O guru bolsonarista já declarou ainda que Bolsonaro está de “mãos amarradas” e que os militares que estão no governo têm “mentalidade golpista”, “um bando de cagões”. Olavo disse ainda que se as coisas não mudarem, o governo Bolsonaro acaba em seis meses.

Apesar das declarações, a relação de Jair Bolsonaro com Olavo não mudou. No jantar em que Bolsonaro esteve presenta na residência oficial do embaixador Sergio Amaral, em Washington, o presidente afirmou que Olavo era uma de suas grandes inspirações. “Em grande parte devemos a ele a revolução que estamos vivendo”, também afirmou Bolsonaro.

Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PSL em São Paulo, também não poupa elogios ao guru: “uma das pessoas mais importantes da história do Brasil”, sem a qual “Jair Bolsonaro não existiria”.

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