Assassinado em casa

Deputada federal Flordelis é uma das investigadas por morte do marido pastor

'Motivação do crime é relacionada a uma questão que envolve a família', diz delegada do caso

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Anderson foi morto a tiros na noite de 16 de junho de 2019, logo após chegar na casa da família no bairro de Pendotiba, em Niterói (RJ)

A delegada Bárbara Lomba afirmou que não descarta a participação de qualquer familiar no assassinato do pastor Anderson do Carmo, 42, o que inclui a deputada federal Flordelis (PSD-RJ), mulher da vítima.

A delegada da Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Maricá afirmou que a principal suspeita envolve as pessoas próximas do pastor, que tinha 55 filhos com a deputada.

“Não podemos descartar ninguém que estava próximo da cena do crime. Provavelmente, a motivação do crime é relacionada a uma questão que envolve a família, mas não se sabe de que natureza. Tudo indica que tem relação com as relações familiares, quem convivia com a vítima”, disse a delegada Bárbara Lomba.

O assassinato aconteceu no domingo, 16, por volta de 4h, após o casal chegar de uma confraternização. Ao entrarem em casa, no bairro de Pendotiba, Anderson retornou à garagem para pegar algo no carro e disparos foram ouvidos.

Dois filhos do casal estão presos temporariamente sob suspeita do crime. A delegada afirmou que as investigações continuam para apurar todo o contexto do crime.

Em entrevista nesta manhã, Lomba também descartou versões dadas pela deputada sobre o crime.

Flordelis contou em entrevista após o crime que percebeu que o veículo dirigido por Anderson estava sendo perseguido por duas motos, em Niterói. A deputada disse ainda que o pastor evitou que criminosos invadissem a casa da família.

Lomba descartou uma suposta perseguição. “Esse relato de que estavam sendo perseguidos não foi dado na delegacia. Nos autos não há esse registro”, disse a delegada.

A investigação também negou um possível latrocínio no crime, como alegado por Flordelis.

Na quinta, a TV Globo divulgou que um dos filhos, cujo nome não foi divulgado, disse em depoimento que suspeita da participação da deputada e de três filhas no assassinato. A delegada, no entanto, declarou que se trata de uma informação preliminar e que “várias pessoas” devem ser ouvidas no decorrer das investigações.

A delegada Bárbara Lomba descartou, também, um suposto caso extraconjugal do pastor como uma eventual motivação para o assassinato. (Com informações da FolhaPress)

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