'Poder em Foco'

Delfim não acredita em ordem de Geisel para matar: ‘A CIA inventou o fakenews’

Crítico de Geisel, Delfim acha que não houve a reunião relatada pela CIA

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Delfim elogiou Lula, "um diamante bruto", mas preferia Joaquim Barbosa no Planalto. (Foto: Gabriel Cardoso/SBT)

Ex-ministro de governos militares, o economista Delfim Netto é um crítico do ex-presidente Ernesto Geisel, mas duvida que tenha havido a reunião, relatada por documento da CIA recentemente revelado, em que o ditador teria ordenado a execução de opositores. “A CIA inventou o fakenews”, ironizou Delfim em entrevista ao programa “Poder em Foco”, apresentado pela jornalista Débora Bergamasco, no SBT.

Ele também criticou os movimentos que pedem intervenção militar. “Essas pessoas que estão pedindo a volta do regime militar não tem a experiência e não aprenderam que isso é uma coisa do passado”, disse ele. “O Brasil superou isso com a Constituição de 1988. Nós temos que daqui para frente insistir em respeitar a Constituição. É ela que tem sido desrespeitada pelos três poderes”.

Delfim Netto evitou comentar a condenação e a prisão do ex-presidente Lula, que cumpre pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. “Quem faz Justiça é juiz e não eu”, disse, “mas acho que Lula é melhor solto que preso”.

Ele elogiou o ex-presidente, afirmando que ele é mais democrata que muitos intelectuais que existem por aí, e lembrando que Lula poderia ter conquistado seu terceiro mandato, que quisesse, mas se recusou, apesar dos 82% nas pesquisas. “Duvido que um intelectual recusasse isso”, disse, irônico. Definiu o ex-presidente como “um diamante bruto”. Mas contou que defendia a candidatura do ministro aposentado do STF Joaquim Barbosa a presidente, lamentando que tenha desistido.

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