Desvios na BR Distribuidora

Defesa de Fernando Collor pede absolvição do senador licenciado no Supremo

Parlamentar afirmou ter cometido o "pecado" de não declarar obras de arte no imposto de renda

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Senador licenciado Fernando Collor. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

O senador licenciado Fernando Collor (Pros-AL) pediu absolvição no Supremo Tribunal Federal (STF) na ação em que é réu por supostos desvios da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras na venda de combustíveis. Segundo a denúncia, Collor teria recebido R$ 30 milhões em propina.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que Collor comprou, no mesmo período dos desvios, obras de arte com dinheiro vivo, sem declarar. Entre as obras adquiridas está um quadro de Di Cavalcanti de aproximadamente R$ 4,6 milhões.

De acordo com Dodge, esse seria um indício de lavagem de dinheiro. O parlamentar, no entanto, afirma ter cometido apenas o “pecado” de não declarar obras de arte no Imposto de Renda. A compra de carros de luxo também indicariam a mesma prática. Em 2015, foram apreendidos na casa de Collor em Brasília um Lamborghini, um Bentley, uma Range Rover e uma Ferrari.

Dodge pediu a condenação do senador a 22 anos e oito meses de prisão. O caso será concluído pelo relator, o ministro Edson Fachin, e liberado para revisão do ministro Celso de Mello. Após essa fase, o caso será julgado pela Segunda Turma da Corte.

Além desse processo, Collor é investigado em outras quatro ações da Operação Lava Jato. No mesmo passado, Dodge pediu a abertura de um novo inquérito para investigar a aplicação de R$ 10 milhões de Collor, dinheiro supostamente recebido como propina no caso da BR Distribuidora.

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