Ciência em debate

CPI vai ouvir especialistas contra e a favor da cloroquina no tratamento contra covid

Serão duas audiências, cada uma com dois defensores e dois críticos do 'tratamento precoce'

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Integrantes da CPI da Pandemia reunidos no Senado. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A CPI da Pandemia promove na próxima quarta-feira (2) uma audiência pública para ouvir médicos e pesquisadores contra e a favor do uso de drogas como a cloroquina no “tratamento precoce” contra a covid-19. O encontro está marcado para as 9h.

Para falar contra, foram convidados os médicos Clovis Arns da Cunha e Zeliete Zambom. Ele é professor de Infectologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia. Ela é professora da Faculdade de Medicina São Leopoldo Mandic (DF) e presidente Sociedade Brasileira Medicina de Família e Comunidade. Os requerimentos foram apresentados pelos senadores Humberto Costa (PT-PE) e Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Pandemia.

Para defender o tratamento, a comissão deve ouvir os médicos Francisco Eduardo Cardoso Alves e Paulo Márcio Porto de Melo. Alves é especialista em infectologia e presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social. Melo é especialista em neurocirurgia e presidente dos departamentos de Neurocirurgia Vascular e de Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. Os requerimentos são assinados pelos senadores Ciro Nogueira (PP-PI), Jorginho Mello (PL-SC) e Luis Carlos Heinze (PP-RS).

O presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), explica que a comissão deve realizar duas audiências públicas para ouvir especialistas contra e a favor do tratamento da covid-19 com drogas como a cloroquina. A data do segundo debate ainda não foi oficialmente divulgada, mas Aziz explica que já há acordo entre os parlamentares para a realização dos encontros.

“O que nós acertamos é que teremos duas sessões para ouvir duas pessoas que apoiam o tratamento com cloroquina, ivermectina e outros remédios e dois cientistas e profissionais capacitados que são contra. Duas sessões. Então, serão quatro a favor e quatro contra. Foi isso que ficou acordado. Isso foi consenso”, explicou. (Com informações da Agência Senado)

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