Investigar contratos

CPI do BNDES ouve ex-secretários do Ministério da Fazenda e da Câmara do Comércio Exterior

Ontem, a CPI ouviu o empresário Mário Celso Lopes, ex-sócio de Joesley e Wesley Batista

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O objetivo da CPI do BNDES é investigar contratos firmados pelo banco de fomento entre 2003 e 2015 Foto: Alex Ferreira /Câmara dos Deputados

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES ouve hoje o ex-secretário-adjunto da Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda Rodrigo Toledo Cabral Cota e a ex-secretária-executiva da Câmara do Comércio Exterior (Camex) Lytha Battiston Spíndola.

A audiência foi sugerida pelo relator da comissão, deputado Altineu Côrtes (PR-RJ).

O objetivo da CPI do BNDES é investigar contratos firmados pelo banco de fomento entre 2003 e 2015, com ênfase nos acordos internacionais. São projetos em países como Gana, Guiné Equatorial, Venezuela, República Dominicana e Cuba. Empreiteiras brasileiras obtiveram financiamento para obras no exterior. A justificativa para o investimento seriam contrapartidas que colaborassem para o desenvolvimento econômico e social do País.

Depoimentos anteriores
Ontem, a CPI ouviu o empresário Mário Celso Lopes, ex-sócio de Joesley e Wesley Batista no grupo de investimentos J&F, que controlava a JBS. Lopes negou envolvimento em quaisquer irregularidades.

Na semana passada, a CPI ouviu o ex-gerente de risco da Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação (SBCE) Rubens Benevides Férrer Neto sobre a análise de risco do crédito para basear financiamentos do banco.

O colegiado já ouviu também o procurador da República do Distrito Federal, Ivan Cláudio Garcia Marx, e dois ex-diretores do BNDES: Luciano Coutinho e Paulo Rabello.

Marx disse aos parlamentares que a internacionalização dos contratos do banco é justamente o que facilita os atos ilícitos e dificulta as investigações por parte das autoridades brasileiras.

Luciano Coutinho negou favorecimentos a qualquer empresa e refutou interferências políticas dos ex-presidentes da República Lula e Dilma Rousseff nas operações de crédito do banco estatal.

Já Paulo Rabello disse aos deputados que duas comissões de apuração internas foram feitas no banco estatal sobre possíveis irregularidades nas operações de crédito internacionais com as empresas JBS e Odebrecht. Segundo ele, os resultados foram encaminhados à Polícia Federal e ao Tribunal de Contas da União (TCU).

O colegiado, que é presidido pelo deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), reúne-se às 14h30, plenário 7.(Agência Câmara)

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