Mina Gongo Soco

CPI de Brumadinho visita barragem que ameaça se romper em Barão de Cocais

A visita foi solicitada pelo deputado Rogério Correa (PT-MG) e Erika Kokay (PT-DF)

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O rompimento da barragem de Brumadinho ocorreu em 25 de janeiro de 2019 Foto: Corpo de Bombeiros de MG

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Brumadinho visitou nesta manhã (27) a barragem Gongo Soco, no município mineiro de Barão de Cocais, que corre o risco de se romper a qualquer momento. A visita foi solicitada pelo relator da CPI, deputado Rogério Correa (PT-MG), e pela deputada Erika Kokay (PT-DF).

Além de Barão de Cocais, se a barragem se romper outros dois municípios serão atingidos pela lama: Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo. Cerca de 10 mil pessoas poderão ser afetadas.

Em entrevista à Rádio Câmara, Rogério Correa criticou o modelo de mineração brasileiro, o lucro da empresa Vale e a falta de cuidado com o meio ambiente. “A Vale é a segunda maior mineradora do mundo e deixa esse legado para Minas Gerais”, lamentou o relator.

Correa critica ainda a falta de punição da mineradora. “Eles recorrem. A Vale é muito poderosa. Depois que cometeu o crime ela ainda atrasa o pagamento que deveria fazer pelos crimes que cometeu, tanto do ponto de vista financeiro quanto do ponto de vista as punições criminais. Até hoje, no caso de Mariana, ninguém foi preso.”

O deputado lembra que a comissão externa que acompanhou o desastre em Brumadinho já apresentou vários projetos de lei modificando a legislação do setor de mineração.

Os parlamentares também devem encontrar-se com representantes da comunidade e autoridades locais de Barão de Cocais.

Em março, a comissão externa que acompanhou as investigações sobre o desastre em Brumadinho esteve em Barão de Cocais para discutir os riscos do rompimento da barragem da Mina Gongo Soco.(Agência Câmara)

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