‘Acreditem e confiem nas vacinas aprovadas pela Anvisa’, pede Barra Torres
Presidente da Anvisa presta depoimento à CPI da Pandemia
O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, fez um apelo para que “a população que acredite e confie nas vacinas aprovadas” pelo órgão.
Barra Torres presta neste momento depoimento à CPI da Pandemia, no Senado. Ele é o quarto a prestar esclarecimentos à comissão.
Questionado pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), se o Brasil enfrenta obstáculos para o recebimento de insumos ou medicamentos vindos da China, o diretor-presidente da Anvisa afirmou que o país tem visto “esse problema pontual na demora para a entrega do IFA para a produção da CoronaVac e da AstraZeneca”. O relator questionou, então, se essa demora é causada por declarações do presidente Jair Bolsonaro contra a China. “Não tenho informação do nexo causal”, respondeu o diretor da Anvisa.
Um dos principais assuntos a serem discutidos com ele será o processo de liberação de vacinas contra a covid-19. Barra Torres será questionado sobre quais os motivos da não liberação para a importação da Sputnik V, vacina russa contra o novo coronavírus, e o que tem sido feito pela agência reguladora para agilizar a aquisição de outros imunizantes para o país.
Os senadores também planejam questionar Barra Torres sobre quem teve a ideia de alterar a bula da hidroxicloroquina, a fim de que fosse incluída a previsão de uso do medicamento no tratamento da Covid-19. Em seu depoimento à CPI na semana passada, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou que a proposta foi vetada por Barra Torres.
Além de Mandetta, a CPI já ouviu o ex-ministro da Saúde Nelson Teich e do atual titular da pasta, Marcelo Queiroga.
Na quarta-feira, 12, a CPI ouvirá o ex-secretário de Comunicação Social da Presidência da República Fabio Wajngarten. Na quinta-feira (13), será ouvido pela comissão o representante da Pfeizer Carlos Murillo.
Quebra de Sigilo
Senadores da oposição planejam pedir a quebra do sigilo telefônico e telemático de Barra Torres.A intenção é verificar se ele sofreu pressão do presidente Jair Bolsonaro ou de outro integrante do governo para atrasar a análise do registro de vacinas.
Acompanhe ao vivo