Extorsão

Consultor de segurança do governador do Rio é alvo de operação da polícia

Quatro agentes são investigados por supostamente cobraram R$ 10 mil para liberarem donos de oficinas de delegacia

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Consultor de segurança do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, é alvo de um mandado de prisão. Foto: Facebook/Reprodução

O consultor de segurança do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), é alvo de um mandado de prisão no âmbito de uma operação contra policiais suspeitos de praticar extorsão, deflagrada na manhã desta quinta (27). Além de Flavio Pacca Castello Branco outros três agentes também serão presos.

Segundo as investigações, quatro policiais participaram de extorsão contra donos de uma oficina em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, em 2017. O grupo, que supostamente incluía Pacca, tentou obter R$ 10 mil dos donos do estabelecimento para liberá-los de delegacia.

Um dos alvos da operação desta quinta é Ricardo Canavarro, que está preso desde a segunda fase da operação Quarto Elemento, que investiga policiais acusados de extorquir dinheiro de pessoas suspeitas de estarem envolvidas em atividades ilícitas. Informantes atuavam passando nomes de alvos para que esses policiais fizessem a abordagem.

No caso da oficina em que Castelo Branco é investigado, um informante teria avisado que os donos da oficina poderiam estar fazendo ligações clandestinas de água e luz. Os agentes encontram um “gato” de água e um carro roubado. Os donos foram levados para a delegacia. O veículo não chegou a ser apreendido ou periciado.

Segundo a denúncia, os policiais exigiram na primeira vez uma quantia de R$ 50 mil para que as pessoas levadas à delegacia fossem liberadas. Eles negaram não terem o dinheiro para pagar os policiais. O valor foi então reduzido para R$ 10 mil.

Os proprietários da oficina foram ameaçados pelo informante, que avisou que os policiais não os deixariam em paz caso a quantia não fosse paga. As vítimas da extorsão aceitaram pagar o valor, em duas parcelas de R$ 5 mil. O informante recebeu R$ 1 mil pelo trabalho.

Ainda de acordo com a denúncia, um dos policiais presentes na abordagem estava de licença médica, além de nunca ter trabalhado na delegacia para onde os donos da oficina foram levados.

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