Greve dos caminhoneiros

Congresso não vai aprovar aumento de tributos, diz Rodrigo Maia

Nesta segunda, ministro da Fazenda afirmou que poderia haver o aumento para compensação

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Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados. Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que “não tem a menor chance” do Congresso Nacional aprovar um aumento nos tributos para compensar a redução no preço do diesel, medida adotada pelo governo federal para acabar com o impasse com os caminhoneiros, que fazem greve há nove dias.

Nesta segunda (28), o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, disse que o aumento poderia ocorrer para que houvesse a compensação. Para Maia, a fala do ministro é “irresponsável”. “Não vai ter [aumento de imposto] porque isso aqui é uma democracia e ele [Guardia] não manda no Congresso Nacional”, declarou o presidente da Câmara.

Maia defendeu outras maneiras de reequilibar a conta do governo que não seja o aumento nos tributos. “Ele tem receita do fundo soberano, ele tem receita da cessão onerosa, que está tramitando em um projeto na Câmara.”

O governo anunciou novas medidas para atender as exigências dos caminhoneiros. A redução do preço do diesel na bomba está congelado em R$ 0,46 por litro, por 60 dias. Segundo o presidente Michel Temer, esse desconto equivale a zerar as alíquotas da Cide e do PIS/Cofins.

Outra medida anunciada foi a da suspensão da cobrança do pedágio dos eixos suspensos dos caminhões em todo o país, além de estabelecer um valor mínimo para o frete rodoviário. Para suprir as demandas dos caminhoneiros, o governo deve ter despesa em torno de R$ 9,5 bilhões ao ano.

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