No grito não vale

Cientista político aposta em derrota de Renan em razão do seu ‘passivo de imagem’

Kramer e Eurasia Group avaliam que voto secreto não garante vitória do emedebista

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Renan Calheiros pressiona Davi Alcolumbre a sair da cadeira de presidente da sessão: no grito não vale. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

As chances de Renan Calheiros (MDB-AL) aumentam, com a votação secreta imposta pelo ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), mas analistas apostam em sua derrota na disputa pela presidência do Senado.

A baixaria de ontem e o placar de 50×2, na votação em que o plenário fez opção pelo voto aberto, “significam, a meu ver, que a Casa e, portanto, o conjunto dos seus membros, mergulhariam perigosamente mais fundo no pântano do desprezo e do descrédito públicos”, segundo avaliação do experiente cientista político Paulo Kramer.

Assim como a respeitada consultoria Eurasia Grupo, Kramer acha que os tempos são outros: “não vejo a maioria dos senadores, especialmente os ‘novos’, disposta a arcar com esse, digamos, ‘passivo’ de imagem”, afirmou o cientista político em mensagem divulgada nas redes sociais.

Para Christopher Garman, a “expectativa é de um nome mais amigável ao novo governo”, revelou o diretor para Américas da consultoria de risco político Eurasia Group.

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