Eleições 2018

Candidato de fato do PT, Haddad acha difícil fechar aliança com Ciro Gomes

Ciro e outros não disputariam se Lula fosse candidato, diz ele

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O coordenador do programa de governo da candidatura presidencial do PT, Fernando Haddad, o pré-candidato petista a presidente de fato (em razão das evidências de inelegibilidade do ex-presidente Lula), disse que será difícil fechar aliança com o presidenciável Ciro Gomes (PDT), ao menos no primeiro turno.
“Às vezes as declarações do Ciro de que é muito difícil uma aliança no primeiro turno [dificultam as conversas]. O PDT tem todo direito de lançar candidatura própria, assim como o PT está fazendo. Nenhum problema, mas às vezes a aliança fica mais difícil”, afirmou neste domingo (29) em evento sobre políticas públicas na área de ciência, em São Paulo.
Diante da insegurança jurídica da candidatura de Lula, Haddad reconheceu que a união da esquerda foi dificultada pela prisão e condenação do ex-presidente.
“Se o Lula fosse candidato, realmente tenho dúvidas se Ciro, Boulos e Manuela teriam colocado suas candidaturas. Com todo respeito a eles, mas duvido que isso aconteceria. Todo mundo estaria reunido em torno do Lula”, disse Haddad, cotado como plano B do PT ao Planalto.
O petista situou Geraldo Alckmin (PSDB) como candidato da situação, que terá de defender, assim como Henrique Meirelles (MDB), o governo Temer.
Haddad encerrou sua participação com a mensagem “vote 13”. A legislação proíbe pedido explícito de voto antes de 16 de agosto.
O advogado eleitoral Gustavo Guedes, sem saber quem a proferiu, disse que a declaração confronta a norma e é agravada pela exposição do número do partido. Caso venha a ser representado formalmente, Haddad poderá receber multa de R$ 5.000 a R$ 25 mil. Procurado, o petista disse que não se manifestaria.

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