Banco estatal

Caixa Econômica Federal é tema de debate em comissão na Câmara

Deputados vão discutir questões como privatização das loterias e reestruturação do banco estatal

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Caixa Econômica Federal. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A Caixa Econômica Federal (CEF) estará no centro das atenções da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público nesta terça-feira (9). Os deputados vão discutir uma série de temas ligados ao banco estatal, como:

– a reestruturação da Caixa Econômica Federal;
– a privatização das loterias da Caixa Econômica Federal;
– o Plano de Desligamento Voluntário da instituição;
– a manobra contábil para cobrir perdas esperadas com calotes na carteira de financiamento imobiliário;
– a desvalorização de imóveis retomados pelo banco;
– a nomeação do “personal trainer” Cleyton Carregari para o cargo de consultor da Caixa e
– a retirada da Caixa do Conselho Curador do FGTS.

A realização da audiência atende a requerimentos da deputada Érika Kokay (PT-DF). Em relação à possibilidade de privatização das loterias da Caixa, por exemplo, ela lembra que em 2017 esses jogos arrecadaram quase R$ 13,9 bilhões, sendo R$ 5,4 bilhões transferidos a programas sociais do governo federal, como o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). “Caso a Loteria Instantânea seja privatizada, o repasse social deverá ser rebaixado”, destaca a parlamentar.

Sobre as perdas esperadas com calotes na carteira de financiamento imobiliário, Érika Kokay afirma que o banco prepara provisão extraordinária de até R$ 7 bilhões. “A manobra contábil objetiva o desmonte acelerado da instituição com vistas a torná-la fraca e deficitária para pavimentar o caminho da privatização de setores estratégicos”, critica.

A deputada também lembra que recentemente a Caixa perdeu a vaga no Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). “A empresa, que é a gestora de um dos maiores fundos de investimento social do mundo, passará ter apenas a função de prestar ‘suporte técnico’ ao referido colegiado. Um decreto também reduz pela metade o número de representantes dos trabalhadores e dos empregadores, de seis para apenas três representantes cada”, lamenta a parlamentar. (Agência Câmara)

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