Prefeito de São Paulo

Bruno Covas é encaminhado à UTI com sangramento no fígado

Prefeito estava internado no hospital em SP para passar por sessão de quimioterapia

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O prefeito Bruno Covas (PSDB) durante primeira entrevista coletiva após descobrir câncer, em novembro de 2019. Foto: TV Globo/Reprodução

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), foi encaminhado à Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do hospital Sírio-Libanês nesta quarta-feira (11) após apresentar sangramento no fígado.

Ele está internado no hospital desde domingo (8) para passar por exames e também pela quarta sessão de quimioterapia de seu tratamento contra um câncer na região do estômago.

Segundo boletim do hospital, Covas apresentou o sangramento durante procedimento para demarcação da lesão tumoral, que foi controlado por arteriografia e embolização do foco de sangramento (procedimento minimamente invasivo). O boletim também diz que o tucano foi para a UTI para ser mantido em monitorização constante.

Na segunda-feira (9), os médicos de Covas deram entrevista coletiva em que descreveram a reação do prefeito ao tratamento desde o final de outubro como “maravilhosa” e “auspiciosa”.

Há cerca de três anos, temendo sofrer um infarto antes dos 40, Covas adotou um estilo de vida saudável, passou a se alimentar de maneira regrada e a fazer atividades físicas com frequência e perdeu mais de 15 quilos. De acordo com os médicos, a nova forma física tem contribuído para o sucesso do tratamento e, também por isso, Covas está liberado para continuar a frequentar a academia.

Os médicos explicaram que o prefeito foi submetido a três exames de imagem no domingo: endoscopia, ressonância magnética e pet scan (tomografia por emissão de pósitrons).

A endoscopia mostrou que no local em que havia o tumor há um processo de fibrose e cicatrização (o que não significa que não existam mais quaisquer células cancerígenas, mas que o corpo reagiu “da melhor maneira possível”, como disse o oncologista Túlio Pfiffer, e o câncer encolheu substantivamente).

A ressonância magnética e o pet scan revelaram que a metástase no fígado diminuiu, assim como os linfonodos comprometidos.

“No pet scan, vimos que a lesão hepática não só deixou de captar [açúcar, que é o contraste no exame] como diminuiu muito em volume. Embora a gente não possa dizer que todas as células tumorais estejam mortas naquele ponto, tivemos a regressão mais expressiva que se pode encontrar em um pet scan”, disse o oncologista Artur Katz.

Os exames de sangue também evidenciaram a resposta positiva do corpo do prefeito. Um dos marcadores tumorais, chamado de CA 19-9, teve queda de 90% em relação ao valor medido antes do início da quimioterapia.

“O tratamento teve eficácia muito acima do que era esperado e uma tolerância também muito maior do que a esperada”, completou Katz. Em fevereiro, com o fim desse ciclo quimioterápico, os médicos avaliarão se novos procedimentos serão necessários, como mais sessões de quimioterapia ou uma cirurgia.

O prefeito foi internado no dia 23 de outubro, quando se tratava de uma infecção de pele. No dia 28, ele recebeu diagnóstico de câncer localizado entre o estômago e o esôfago, com metástase no fígado e linfonodos comprometidos.

Desde então, passou por três sessões de quimioterapia, a última delas finalizada no dia 26 de novembro. (Folhapress)

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