Bruno Covas é encaminhado à UTI com sangramento no fígado
Prefeito estava internado no hospital em SP para passar por sessão de quimioterapia
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), foi encaminhado à Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do hospital Sírio-Libanês nesta quarta-feira (11) após apresentar sangramento no fígado.
Ele está internado no hospital desde domingo (8) para passar por exames e também pela quarta sessão de quimioterapia de seu tratamento contra um câncer na região do estômago.
Segundo boletim do hospital, Covas apresentou o sangramento durante procedimento para demarcação da lesão tumoral, que foi controlado por arteriografia e embolização do foco de sangramento (procedimento minimamente invasivo). O boletim também diz que o tucano foi para a UTI para ser mantido em monitorização constante.
Na segunda-feira (9), os médicos de Covas deram entrevista coletiva em que descreveram a reação do prefeito ao tratamento desde o final de outubro como “maravilhosa” e “auspiciosa”.
Há cerca de três anos, temendo sofrer um infarto antes dos 40, Covas adotou um estilo de vida saudável, passou a se alimentar de maneira regrada e a fazer atividades físicas com frequência e perdeu mais de 15 quilos. De acordo com os médicos, a nova forma física tem contribuído para o sucesso do tratamento e, também por isso, Covas está liberado para continuar a frequentar a academia.
Os médicos explicaram que o prefeito foi submetido a três exames de imagem no domingo: endoscopia, ressonância magnética e pet scan (tomografia por emissão de pósitrons).
A endoscopia mostrou que no local em que havia o tumor há um processo de fibrose e cicatrização (o que não significa que não existam mais quaisquer células cancerígenas, mas que o corpo reagiu “da melhor maneira possível”, como disse o oncologista Túlio Pfiffer, e o câncer encolheu substantivamente).
A ressonância magnética e o pet scan revelaram que a metástase no fígado diminuiu, assim como os linfonodos comprometidos.
“No pet scan, vimos que a lesão hepática não só deixou de captar [açúcar, que é o contraste no exame] como diminuiu muito em volume. Embora a gente não possa dizer que todas as células tumorais estejam mortas naquele ponto, tivemos a regressão mais expressiva que se pode encontrar em um pet scan”, disse o oncologista Artur Katz.
Os exames de sangue também evidenciaram a resposta positiva do corpo do prefeito. Um dos marcadores tumorais, chamado de CA 19-9, teve queda de 90% em relação ao valor medido antes do início da quimioterapia.
“O tratamento teve eficácia muito acima do que era esperado e uma tolerância também muito maior do que a esperada”, completou Katz. Em fevereiro, com o fim desse ciclo quimioterápico, os médicos avaliarão se novos procedimentos serão necessários, como mais sessões de quimioterapia ou uma cirurgia.
O prefeito foi internado no dia 23 de outubro, quando se tratava de uma infecção de pele. No dia 28, ele recebeu diagnóstico de câncer localizado entre o estômago e o esôfago, com metástase no fígado e linfonodos comprometidos.
Desde então, passou por três sessões de quimioterapia, a última delas finalizada no dia 26 de novembro. (Folhapress)