Fim dos atravessadores

Bolsonaro quer a venda direta de etanol e gasolina, pelos produtores, aos postos

ANP proibiu a venda direta e criar o cartel de distribuidoras/atravessadoras

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Presidente Jair Bolsonaro fala na portaria do Palácio da Alavorada. Foto: Antonio Cruz/ABr

Ao deixar o Palácio da Alvorada, pela manhã,  presidente Jair Bolsonaro disse hoje (15), em Brasília, voltou a defender que a Câmara e o Senado revoguem a proibição imposta pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) à venda direta de combustíveis aos postos.

A norma criou um cartel de distribuidoras que passaram a atuar como atravessadoras no mercado, encarecendo o preço final para os consumidores.

O presidente se reúne nesta quarta-feira (15) com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para tratar desse assunto.

Bolsonaro defendeu novamente que seja autorizada a venda direta de etanol das usinas e também de derivados do petróleo. Segundo ele, isso poderia reduzir em cerca de 20 centavos o valor do litro do combustível.

“Não é apenas a venda direta de etanol para o posto de combustível, é de outros derivados também. Nós importamos óleo diesel, gasolina, por que não do porto ir diretamente para o posto de gasolina? Por que tem que viajar centenas de quilômetros?”, questionou.

Atualmente, a norma da ANP estabelece que todo combustível deve passar por empresa distribuidora antes de chegar às bombas dos postos.

De acordo com o presidente, ele está em contato com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para tratar da revogação dessas normas. “Conversando com Rodrigo Maia, muitas vezes não depende da decisão [da ANP], depende de revogar decisão e o Congresso tem poder para revogar essas decisões”, disse.

Ao falar sobre o trabalho das agências reguladoras, o presidente destacou que elas “são importantes, autônomas, mas não são soberanas”.

Um projeto de lei que libera a venda direta está tramitando na Câmara dos Deputados e já foi aprovado pela Comissão de Minas e Energia no fim de 2019.

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