Bolsonaro afirma que ‘tudo será normalizado’ em relação a extradição de Battisti
Ministro da Itália publicou no Twitter que ficará grato com ajuda de Bolsonaro para extraditar terrorista
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou em seu perfil no Twitter, nesta sexta-feira (14), em relação a extradição do terrorista italiano Cesare Battisti, que “em breve tudo será normalizado”. A publicação foi uma resposta ao ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, que mais cedo já tinha afirmado que dará grande mérito a Bolsonaro se “ajudar a Itália a fazer justiça”.
Na noite de ontem (13), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux determinou a prisão de Cesare Battisti.
O terrorista já é considerado foragido pela Polícia Federal, e nesta tarde as buscas continuam.
Esse fato gerou revolta em Salvini “Uma prisão perpétua que goza as vidas, nas praias do Brasil, para o rosto das vítimas, me deixa com raiva!”.
Desde 2015, o italiano mora na cidade de Cananeia, no litoral paulista. E foi visto pela última vez na terça-feira (11).
Apesar do advogado de Battisti garantir a PF que não sabe do paradeiro de seu cliente, Igor Tomasaukas afirmou que vai recorrer da decisão do STF. “Recebemos com surpresa a decisão diretamente pela mídia. Recorreremos para resguardar a segurança jurídica. Certa ou errada, a decisão de 2010 que autorizou a permanência de Battisti se consolidou pelo tempo”.
A extradição do terrorista Battisti vem sendo discutida entre Bolsonaro e a Itália desde os primeiros dias após os resultados das urnas, no dia 5 de novembro o presidente eleito recebeu o embaixador italiano no Brasil, Antonio Bernardini que entregou à Bolsonaro uma carta do presidente italiano Sérgio Matarella reiterando o pedido de extradição de Battisti.
Lula livrou Battisti
Em dezembro de 2010, o então presidente Lula negou o pedido do governo italiano sobre a extradição de Battisti.
Cesare Battisti foi condenado duas vezes a prisão perpétua na Itália, ele é acusado da prática de terrorismo e de quatro assassinatos, além de ter deixado um adolescente paraplégico, a quem feriu a bala. Os crimes ocorreram quando ele era integrante do Partido Proletariado Comunista.