Alvo da Lava Jato

Arthur Lira quer presidir a Câmara, atraindo oposição a Bolsonaro e antigo ‘blocão’

Deputado quer reunir siglas de centro-esquerda para bloco alternativo

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Segundo Arthur Lira, a fofoca sobre mudar o líder do governo foi inventada para atrapalhar o entendimento

Alvo da Lava Jato, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) articula apoios para atrair a esquerda contra a reeleição do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-AL). O deputado alagoano tambem busca reunir remanescentes do chamado “blocão” que ele liderou, quando havia 244 deputados de 11 partidos na base de apoio ao ex-presidente Michel Temer (MDB). Além dos votos da oposição ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), cujo partido apoia a recondução de Rodrigo Maia.

Arthur Lira esteve ontem (7) no Ceará, e constrói discretamente sua candidatura, que ainda não teve suas propostas expostas publicamente. Mas seu nome já dialoga com oposicionistas e partidos de esquerda que não admitiram a aliança de Rodrigo Maia com o PSL.

Antes mesmo de Rodrigo Maia se tornar o candidato “governista” da Presidência da Câmara, o líder do PP que é um dos maiores rivais do senador Renan Calheiros (MDB-AL) em Alagoas já era apresentado como uma das opções para presidir a Mesa Diretora.

O deputado não respondeu aos questionamentos do Diário do Poder sobre as articulações. Mas tem agenda intensa de visitas a aliados, em Brasília e pelo Brasil.

Em entrevista ao Diário do Nordeste, Arthur Lira declarou que busca a “independência” da Casa e argumentou que a aproximação de Maia com o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) “desvirtuou” os acordos que haviam sido feitos com os partidos.

Ele conversou com André Figueiredo (PDT-CE) e José Guimarães (PT-CE), em Fortaleza, para tratar da confecção de um novo bloco de centro-esquerda para definir atuação dos partidos, do PDT, PSB, PCdoB, PT, MDB, PTB e mais alguns outros partidos.

Para Lira, a mudança de rota da campanha de Rodrigo Maia na direção do PSL fez se perder a independência da Casa. “Estamos tratando para ver se a gente equilibra esse jogo dentro do Parlamento”, justificou.

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