Eleição 2018

Ana Amélia aceita convite para ser vice de Alckmin na disputa ao Planalto

Senadora topou, mas falta fazer ajustes no Sul

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A senadora Ana Amélia havia recusado ser vice de Bolsonaro, mas aceitou convite de Alckmin. (Foto: Roque de Sá/AgSenado)

A senadora Ana Amélia (PP-RS) aceitou nesta quinta-feira, 2, o convite do PSDB para ser vice na chapa de Geraldo Alckmin à Presidência da República. No entanto, ela condicionou a decisão a ajustes no palanque no seu estado, o Rio Grande do Sul. Ela foi convidada pessoalmente por Alckmin, na quarta-feira, em encontro na sua residência. “A decisão caberá a Alckmin e ao presidente do partido (PP)”, afirmou, e informou que “entre hoje e amanhã” deve ser feito o anúncio oficial.

Ana Amélia comuniciou a aceitação do convite ao tucano por telefone.

O comando do partido avisou a Alckmin que, se ela for a escolhida, será em “cota individual”, e não entrará na divisão de cargos do partido.

Uma das questões é a situação no Rio Grande do Sul. Com os novos arranjos, estaria em jogo o candidato Luis Carlos Heinze (PP) deixar de concorrer ao governo do Rio Grande do Sul para apoiar o candidato tucano ao cargo, Eduardo Leite. Neste cenário, Heinze sairia para o senador. Há outras questões também para serem resolvidas entre os dois partidos.

Alckmin manifestou mais de uma vez durante a pré-campanha o desejo de ter uma mulher como vice. Em um evento fechado com empresários em São Paulo ele convidou, em tom de brincadeira, a empresária Luiza Trajano, dona da rede de varejo Magazine Luiza, para a vaga.

Ana Amélia tinha a preferência de Alckmin entre as opções cogitadas nos últimos dias, após a recusa do empresário Josué Gomes (PR) para a vaga. A senadora tem influência junto a ruralistas, setor em que o tucano perdeu espaço para o adversário Jair Bolsonaro (PSL).

Com base eleitoral no Rio Grande do Sul, a chegada da senadora na chapa também alimenta expectativas do pré-candidato de melhorar sua performance na Região Sul, que já foi um reduto seguro de votos para o PSDB, mas neste ano enfrenta a concorrência de Bolsonaro e do ex-tucano Álvaro Dias, pré-candidato pelo Podemos.

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