Da casa há 11 anos

“Amigo particular” de Bolsonaro é indicado para gerência na Petrobras

Presidente postou no Twitter que 'era do indicado sem capacitação técnica acabou', mas depois apagou esse trecho do post

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Capitão Victor é graduado em Administração pela Escola Naval e há seis anos atua na área de Segurança Corporativa da Petrobras. Ele também possui mestrado em Administração pela UFRJ e tem dez anos de experiência como professor no ensino superior

O presidente Jair Bolsonaro indicou para assumir a gerência executiva de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras o capitão-tenente da reserva da Marinha Carlos Victor Guerra Nagem. ‘Amigo particular’ do presidente, ele é funcionário da estatal há 11 anos e atualmente trabalha em Curitiba.

Para defender a nomeação de Nagem, Bolsonaro postou na quinta-feira no Twitter que “a era do indicado sem capacitação técnica acabou”. O post, no entanto, foi apagado pouco depois, e republicado sem esse trecho.

Desde que ingressou na Petrobras, Nagem se licenciou em duas ocasiões, para disputar as eleições de 2002 e de 2016, usando a alcunha de Capitão Victor e filiado ao PSC (partido que Bolsonaro integrou e pelo qual foi eleito deputado federal em 2014).

Na primeira vez, Capitão Victor tentou se eleger deputado federal pelo Paraná; na segunda, disputou uma cadeira de vereador em Curitiba. Nas duas foi derrotado. Em 2016, Bolsonaro gravou um vídeo pedindo votos para Nagem, que se candidatou a vereador por Curitiba com o nome de Capitão Victor. Bolsonaro classificava o então candidato como “meu amigo particular”.

“É um homem, um cidadão que conheço há quase 30 anos. Um homem de respeito, que vai estar à disposição de vocês na Câmara lutando pelos valores familiares. E quem sabe, no futuro, tendo mais uma opção para nos acompanhar até Brasília”, afirmou Bolsonaro no vídeo de 2016, publicado no perfil do youtube do presidente.

O nome de Carlos Victor ainda será submetido a procedimentos internos de governança corporativa, incluindo as respectivas análises de conformidade e integridade.

Segundo a estatal, ele é graduado em Administração pela Escola Naval e há seis anos atua na área de Segurança Corporativa da Petrobras.

A empresa afirma ainda que o indicado possui mestrado em Administração pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e tem dez anos de experiência como professor no ensino superior.

O salário do Capitão Victor na empresa, segundo o site, passará de R$ 15 mil mensais para mais de R$ 50 mil. Nagem vai substituir Regina de Luca, indicada pelo ex-presidente da Petrobras Pedro Parente.

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