São Paulo

Aloysio Nunes será 7º ministro de Temer no governo Doria

Atual ministro das Relações Exteriores, Aloysio vai comandar a Investe SP

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Aloysio Nunes, atual ministro das Relações Exteriores e futuro comandante da Investe SP

O ministro das Relações Exteriores do presidente Michel Temer (MDB), Aloysio Nunes Ferreira Filho, vai presidir a Investe SP, agência paulista de promoção de investimentos. Ele é o sétimo ministro do atual governo federal escolhido pelo governador eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), para fazer parte da gestão tucana no estado.

A Investe SP está no guarda-chuva da Secretaria da Fazenda, Planejamento e Gestão, encabeçada por Henrique Meirellles.

Além de Aloysio Nunes, integram o governo Doria, os ministros Gilberto Kassab (Casa Civil), Henrique Meirelles (Fazenda), Rossieli Soares (Educação), Sérgio Sá Leitão (Cultura), Alexandre Baldy (Transportes Metropolitanos), Vinícius Lummertz (Turismo) também serão secretários estaduais a partir do próximo ano.

Nascido em São José do Rio Preto (SP) em 1945, Aloysio é formado em direito na USP (Universidade de São Paulo) e cursou ainda economia política e ciências políticas em universidades da França.

Em 1981, tornou-se procurador. Ingressou na carreira política como deputado estadual. Foi eleito vice-governador, deputado federal por três mandatos e senador. No governo do ex-presidente Fernando Henrique foi ministro da Casa Civil (1999) e titular da pasta da Justiça (2001).

Aloysio estava à frente do ministério das Relações Exteriores no governo de Michel Temer desde março de 2017. Na Investe SP, Aloysio terá o desafio de trazer novos investimentos ao estado, que já responde por 31% do PIB (Produto Interno Bruto) do país.

Investigação

Aloysio é um dos nomes mais próximos ao ex-tesoureiro tucano Paulo Preto, acusado de operar o esquema de propina e caixa dois do PSDB em São Paulo. Ele desistiu de concorrer à reeleição no Senado. O chanceler de Michel Temer é um dos grandes afetados pelas acusações de corrupção que têm vindo à tona em São Paulo.

Em outubro, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) arquivou o inquérito que investigava o tucano, aberto a partir de delações da Odebrecht, um desdobramento da Operação Lava Jato, que apura doação da Odebrecht por meio de caixa 2 na campanha de Aloysio ao Senado, em 2010. Para a maioria, não havia elementos mínimos para continuidade da investigação.

Aloysio Nunes pediu o arquivamento do inquérito. A Procuradoria Geral da República, por sua vez, solicitou o envio para Justiça Federal de São Paulo porque os fatos da apuração não se referem ao mandato e nem têm relação com o cargo.

Já a Polícia Federal afirmou que os dados dos sistemas de controle de pagamentos extraoficiais da Odebrecht ainda estão sendo analisados e por isso é preciso investigar mais.

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