Vicente Limongi Netto

Rodrigo é o cara

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Aprovado o texto-base da reforma da Previdência, o mundo político vai falar cada vez mais, com entusiasmo, de Rodrigo Maia. Antes da eleição para a presidência da Câmara, pontuei nas redes sociais: Rodrigo Maia é o nome mais qualificado para a função. Articulado, tarimbado e ponderado. Trabalha pela governabilidade. Por soluções e objetivos coletivos. Não semeia problemas. O deputado do DEM do Rio de Janeiro impressiona pela maturidade política. Respeitado e respeitador. Circula com desembaraço em todos os setores da política. Maia dedicou-se por inteiro pela aprovação da tão sonhada reforma da Previdência. Enfrentou deboches, intrigas, maledicências e acusações descabidas. Mandou de volta para o lixo do atraso o arsenal de sandices de maus brasileiros. De cócoras na soberba e nos porões imundos dos interesses rasteiros. Rodrigo Maia se agigantou.Se credencia a vôos mais altos nas eleições de 2022. Dobradinha João Dória e Rodrigo Maia já deixa políticos graúdos de orelha-em-pé. Por sua vez, a maioria esmagadora dos deputados também cumpriu com seu dever.  Votou com zelo, coragem e respeito pelas aspirações populares. Tudo será levado em boa conta nas eleições do ano que vem.  Bolsonaro deve aproveitar o clima estimulante  de otimismo e poder de determinação da Câmara Federal e mandar logo mais reformas para serem discutidas e aprovadas. Ganharão os brasileiros. Com a criação de mais  empregos. Juros menores. Melhor transporte público. Mais hospitais, escolas e infraestrutura. Menos impostos. Segurança. Justiça social e  melhor qualidade de vida para as camadas mais carentes da população.
Medíocres no Senado
O Senado Federal empalideceu. O brilho pessoal tornou-se raro. A mediocridade assombra e aborrece. Machuca os tímpanos. A Câmara Alta já foi presidida por homens públicos da têmpera de Jarbas Passarinho, José Sarney, Paulo Torres, Nelson Carneiro,  Antônio Carlos Magalhães, Petrônio Portela, Renan Calheiros, Magalhães Pinto e Jáder Barbalho. Hoje, é presidido pelo provinciano, roliço e deslumbrado Davi Alcolumbre. Os eleitos pela falácia da “nova política”, com as exceções de praxe, são despreparados e toscos. Fazem um esforço danado para parecer inteligentes. Reis do lero lero e da conversa fiada. Políticos veteranos, por sua vez,  impedem que
 o Senado despenque de vez no marasmo da mesmice.  Acabaram os bons debates que atraiam multidões as galerias. Os loroteiros deitam e rolam. Antigamente  fervilhava inteligência no senado. Os argumentos das discussões encantavam. Ensinavam e estimulavam novas gerações a tomar gosto pela política. Tenho orgulho do senado altivo, firme e grandioso de Bernardo Cabral, Arthur Virgílio, pai e filho, Flávio Brito, Petrônio Portela, Afonso Arinos, Lauro Campos, Dinarte Mariz, Teotônio Vilela, Henrique La Rocque, Alexandre Costa, Franco Montoro, Mário Covas, José Fogaça, Antônio  Carlos Konder Reis, Danton Jobim, Henrique Santillo, Ronaldo Caiado, Daniel Krieger, Leopoldo Peres, Acioly Filho,  Marcos Freire, Ana Amélia, José Richa, Luiz Viana, Lomanto Júnior, Edison Lobão, Lourival Batista, Aloiso Alves, Francisco Dorneles , Filinto Muller, Roberto Campos,  Pompeu de Souza, Virgilio Távora e Mauro Benevides.
Hoje, parodiando Drummond, o senado é apenas um quadro triste e apagado. Caindo na parede. Dominado pelo inacreditável impaludismo mental e arrogância dos  Valérios, Girões, Kajurus, Reguffes, Leilas, Zenaides, Romários, Rodrigues, Elizianes, Laziers, Cunhas, Yvensons, Rogérios,  Nelsinhos, Rodrigos, Zequinhas e Olimpios.
Bolsonaro ultraja o bom senso
Indicação de Bolsonaro para o filho Eduardo vir a ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos, é um atentado ao bom senso e um colossal desrespeito aos valorosos, experientes, estudiosos, respeitados e competentes diplomatas de carreira. Melancólica e profunda patetice. Mais absurdo ainda que o ministro das Relações Exteriores não proteste contra a decisão insana do chefe da Nação. O cientista político Paulo Kramer tem razão: “O Brasil é invisível perante o mundo”. Consegue sair da obscuridade quando seus governantes metem os pés pelas mãos com destemperos e sandices. Bolsonaro insiste em tornar o Brasil um país de galhofeiros e motivo de chacotas no exterior. Deveria completar a pantomima.  Indique o filho Carlos para ser embaixador na Itália e o filho Flávio para embaixador na França. Apequenaria mais ainda o Brasil aos olhos do mundo. Seria a glória dos deuses  para a família Bolsonaro. A sabatina no senado para aprovar ou rejeitar o nome do  poliglota deputado Eduardo Bolsonaro, amigo de infância dos filhos de Trump, tem o dever de atuar com isenção, firmeza e independência. Os senadores não podem dobrar a espinha e engolir pela goela abaixo mais uma diatribe do chefe do governo que depõe contra o Brasil.

Gigante chinesa no polo de Manaus
O superintendente da Suframa, Alfredo Menezes, recebeu os dirigentes da empresa chinesa BYD, importante fabricante de baterias e veículos elétricos no mundo.
Presentes  o presidente da BYD no Brasil, Tyler Lee, o diretor presidente da BYD na China, Johnny Jiang e assessoria técnica. A empresa está presente em cinco continentes e mais de 50 países, sendo a maior fabricante de veículos elétricos no mundo e a segunda maior fornecedora mundial de componentes para celulares, tablets e laptops.
No Brasil, a empresa já possui uma fábrica em Campinas, onde são produzidos ônibus elétricos e módulos fotovoltaicos e informou que pretende expandir os negócios no Brasil, com a instalação de uma unidade fabril no Polo Industrial de Manaus  para a produção de baterias e telefones celulares.
A iniciativa para se instalar na capital amazonense começou em 2014, mas por uma questão da própria empresa, não pôde ser viabilizada. O diretor-presidente da empresa informou que a BYD já possui uma área em Manaus e está trabalhando na adequação para a instalação da fábrica e na apresentação do projeto ao Conselho de Administração da Suframa.

Sandice de Ascânio
Repudio e lamento a maneira deplorável,  injusta, leviana, patética e agressiva, como Ascânio Seleme (O Globo – 11/7) comparou  ex-presidente Collor com Bolsonaro. O colunista deveria patentear o imenso furor cívico que carrega  no coração. Ascânio tem o direito de bajular FHC. Contudo, deve ser mais respeitoso e isento com outros ex-presidentes.

Ex-presidente farsante
FHC, o sangue ruim octogenário é irrecuperável. Continua o rei do lero-lero e da conversa fiada. O sábio de proveta não sabe perder. Vai chegar aos 100 anos sem aceitar a vitória de Bolsonaro. Em eleições limpas e democráticas. Esculachou Bolsonaro em Paris. “É de extrema direita e já afeta a imagem do país”. Papel feio. Marca dos ressentidos. Papelão ridículo e leviano. Agora, em longa e cansativa entrevista ao Correio Braziliense (01-7) FH insiste em fazer pouco caso da gestão Bolsonaro. Patético, tripudia inclusive no significado da sigla do partido de Bolsonaro. Faz tempo que FHC não é levado a sério por ninguém. Fala pelos cotovelos. Sempre fantasiado de supremo dono da verdade. Melancólico ocaso de um farsante ex-presidente da República.

Limongi é jornalista. Trabalhou no O Globo, Última Hora de Brasilia, TV-Brasilia, Ministério da Justiça, Suframa,Universidade de Brasília, Confederação Nacional da Agricultura e Senado Federal. Tem face e blog. É sócio da ABI há 50 anos. É servidor aposentado do Senado.
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