Parlalama

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Comecei a semana ouvindo os comentários de um corajoso jornalista que vive liberto dos grilhões da mídia tradicional dizendo, a propósito da última tramoia engendrada no Congresso Nacional contra o povo desta Nação Verde e Amarela, tentando nos roubar 6,7 bilhões de reais para gastar em campanhas eleitorais do exclusivo interesse de políticos ladrões, que é desta maneira que o parlamento pretende continuar a nos roubar de tudo, inclusive a nossa liberdade.

Indignado, disse o bom profissional da nova mídia que “o Congresso Nacional está querendo disputar com o STF a posição de instituição mais detestável do País” e acrescentou com muita convicção: “é difícil, é bem difícil superar o Supremo nesta posição”.

Não é a primeira vez que a turma do mal deste “Parlalama”, qual seja, o pântano movediço em que se transformou a “Representação Popular no Brasil”, tenta nos passar a perna ou nos ludibriar, sempre sorrateiramente. Nunca soube de outro País, sério e civilizado, onde os parlamentares se unem em blocos ou facções para, costumeiramente, atirar nas costas do povo que os elegeu. A patifaria vem de longe, porém graças à chegada da “Nova Ordem” tem sido bem reduzida, mas ainda está longe de ser afastada em definitivo.

Para mencionar, assim por alto e mal, apenas algumas manobras encetadas ao longo dos dois primeiros anos deste governo, já se registraram verdadeiros e intoleráveis acintes que foram desde os engavetamentos em série dos projetos governamentais para chantagear o executivo, prática em que se aperfeiçoou o “Moleque Maia” – filho de um antigo “Cesar de Brizola” e genrão do abominável “Gata de Visom” – até se chegar às interferências e às usurpações dos poderes do Presidente eleito, que sempre visaram, com total respaldo da Suprema Corte, a blindar bandidos e ladrões perigosos e suas Organizações Criminosas, tanto quanto dificultar o combata à corrupção no País e o fortalecimento da “Operação Lava Jato”. O perverso desta história é que ainda me surgem uns doentes da 3ª via e uns despeitados da esquerda arrependida para acusar o Presidente e sua equipe fantástica de omissos e incompetentes, seguindo como zumbis em decomposição o assovio maldito da “esquerdalha delinquente”.

Por conta daquele “Parlalama” que aí está (e que por nós foi eleito), não foram aprovadas as tão sonhadas “Reformas Administrativas e Tributárias” e não se deixa seguir mais de 30 ações e projetos governamentais tais como: 1) o Marco Legal do Saneamento Básico (PL 4.162/2019); 2) o chamado Pacote Anticrime (PL 6.341/2019); 3) os auxílios emergenciais à mulher arrimo de família; aos profissionais de saúde incapacitados pelo vírus chinês, aos agricultores familiares, aos atletas; 4) a linha de crédito especial para pequenas e médias empresas para pagarem os salários durante a pandemia; 5) a Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB); 6) a proposta para a unificação de tributos por empresas construtoras contratadas pelo Programa Casa Verde e Amarela, dentre outros.

Se por um lado procede desta forma nosso “Parlalama” contra a vontade dos milhões e milhões de patriotas que aprovaram e ratificaram o governo Bolsonaro, por outro viés, quando se vê compelido a trabalhar, nos brinda com uma facada nas costas de quase 7 bilhões de reais para fornir as algibeiras da classe política abjeta, facada esta que tem origem em uma das muitas canalhices de Lula e de sua quadrilha que, em um golpe de mão demagógico, extinguiram o financiamento privado das campanhas políticas no Brasil para enfiar os custos nos cofres do erário, os quais pensavam que eternamente poderiam saquear à vontade.

Desta feita a coisa aconteceu assim. Por exigência constitucional o Congresso Nacional precisava aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) até julho do corrente e caso não fosse aprovado os manganões não poderiam entrar em recesso. Além disto, o Governo da União precisava da aprovação da matéria, com extrema urgência, pois do contrário, todos os projetos e ações já preparados para o decorrer do ano até julho de 2022 ficariam paralisados. Parar o governo é tudo que almeja a oposição desvairada.

Aproveitando-se dessa chance excepcional, a “esquerdalha safada”, coberta pela cortina de fumaça lançada pela “CPI dos Proxenetas do Covidão” e pela turma dos vendidos aos Mandarins do STF que foram cooptados para fuzilar no nascedouro a PEC do voto auditável, primeiro enfiaram com a participação bandida do Relator – um vira-casaca da política maranhense – esta ignomínia dentro do Relatório e segundo, sob o comando do Vice-Presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), atropelou, ignorou, passou por cima e não votou o destaque que poderia impedir este tapa na cara do povo, chamado de Fundão Eleitoral. Ao saber do fato o Capitão exclamou: “Pelo amor de deus o estado do Amazonas ter um parlamentar como este”.

Posto que essa gente sem verniz não se peje ante sua desmoralização, depois de ter contribuído para este verdadeiro crime de lesa pátria, por assim dizer, ainda tentou jogar a culpa em cima dos aliados do Presidente, dizendo que os “bolsonaristas”, também o filho Eduardo Bolsonaro e o líder do governo não apresentaram críticas na orientação sobre o fundão.  “É extremamente fácil, depois da votação simbólica, ir para a rede social dizer que votou contra e tentar transferir responsabilidades. Eu agi estritamente dentro das regras regimentais”, disse Ramos.

Nada disso destrói a verdade que, em síntese, é a seguinte. Os “Contras” sabem que sua chance de se reelegerem é baixíssima e somente com muita grana e urnas fraudáveis conseguiriam alguma coisa, porque nas próximas eleições quem não tiver ao menos um santinho com Bolsonaro está no sal. Além disto, trabalham desesperadamente para derrubar o selo de honestidade e de competência do atual governo que a cada dia que passa as ruas cravam na testa da vermelhada, devendo ser lembrado que o sujo destaque inserido na LDO não interessa aos apoiadores da “Nova Ordem”, porque todos se elegerão, como o Capitão, até sem um real de dinheiro público.

Todavia, o plano contra nossa gente não fica por aí. Vem agora uma segunda investida. Os “Contras” vão induzir os incautos a gritarem como loucos: “veta tudo Bolsonaro!” O objetivo é tentar transferir o ônus da porcaria que fizeram para dentro do Planalto. O Capitão vai vetar sem dúvida esta patifaria, o que nenhum governante de FHC a Temer o faria, mas que se acalmem os burregos da impostura nos quais o Capitão sempre dá de dez a zero, o fará conseguindo que se reduza o valor do fundão a um mínimo palatável.

Estou certo de que o Presidente alcançara essa façanha e sairá inteiro porque, para desespero dos “Contras,” é o único político de carreira deste País que pode atravessar esse mar de sargaços em que se transformou a política nacional, com a cabeça erguida e sem se enlamear.

Feito isso, além de “charlar” em cima dos chantagistas, de quebra, como em vezes anteriores, ao movimentar as peças de seu tabuleiro político sem se render ou violar os cofres públicos, vai conseguir que o “Parlalama” aprove a PEC do voto auditável e, mais esta vez, sua credibilidade junto ao povão não será abalada. Quem viver verá.

Jose Mauricio de Barcellos ex-Consultor Jurídico da CPRM-MME é advogado. E-mail: bppconsultores@uol.com.br.

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